Polícia prende suspeito de atuar em morte de delator do PCC em aeroporto
Marcos Henrique Soares teria auxiliado fuga de "olheiro" que indicou a localização de Vinicius Gritzbach aos atiradores

A Polícia Militar de São Paulo prendeu, no final da tarde desta sexta-feira, 6, um homem suspeito de envolvimento no assassinato do empresário Vinicius Gritzbach, delator da facção criminosa PCC, no Aeroporto de Guarulhos.
O homem detido, Marcos Henrique Soares, é apontado como motorista responsável pela fuga de Kauê do Amaral Coelho, um dos participantes do homicídio, do aeroporto para o Rio de Janeiro. Ele foi preso em um imóvel na Zona Leste de São Paulo, onde os agentes encontraram também diversas munições de fuzil calibres .556 e.762.
Na semana passada, a força-tarefa policial que investiga o caso identificou Coelho como “olheiro” encarregado de vigiar Gritzbach. Imagens de câmeras de vigilância obtidas pela Polícia Civil registram o momento em que Coelho indica aos atiradores a posição do empresário no terminal aéreo e foge.
A informação da prisão de Soares — a primeira na investiga desse crime — foi confirmada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pelas redes sociais. Segundo publicou o governador no X, o homem foi detido após uma operação de inteligência da Rota, tropa de elite da PM, e conduzido ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital.
Atiradores seguem foragidos
O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi executado a tiros à luz do dia, no último 8 de novembro, no Aeroporto de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. De acordo com os investigadores, ele foi alvejado por pelo menos 29 disparos e atingido dez vezes.
Gritzbach atuava no mercado imobiliário e foi apontado como delator de esquemas de lavagem do Primeiro Comando da Capital (PCC) — a principal hipótese é de queima de arquivo pela facção criminosa. Além do empresário, um motorista de aplicativo foi atingido e morto durante o tiroteio.
O “olheiro” e os dois atiradores identificados pela força-tarefa policial da Secretaria de Segurança Pública (SSP), cujos nomes não foram revelados, seguem foragidos.