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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

População aprova atuação de autoridades na tragédia gaúcha

Postura do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), é a mais bem avaliada, segundo pesquisa Genial/Quaest

Por Adriana Ferraz Atualizado em 9 Maio 2024, 14h55 - Publicado em 9 Maio 2024, 10h59

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 9, mostra que as autoridades diretamente envolvidas em ações de socorro aos moradores das 364 cidades gaúchas prejudicadas pelas chuvas estão bem avaliadas pela população brasileira. A atuação da prefeitura de Porto Alegre, comandada por Sebastião Melo, por exemplo, é vista como positiva por 59% dos entrevistados. Já as ações do governador Eduardo Leite são aprovadas por 54% das pessoas ouvidas, e as do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por 53%. 

Outro levantamento, feito pelo mesmo instituto entre os dias 2 e 8 de maio, já havia apontado que no Sul a aprovação ao trabalho de Lula subiu 7 pontos (de 40% para 47%) em meio à tragédia — foi a única região, aliás, onde a avaliação do petista melhorou.

Nesta quinta, a pesquisa também revela que sete em cada dez brasileiros acreditam que o desastre climático que atinge o Rio Grande do Sul desde o fim de abril poderia ter sido evitado com obras de prevenção e reforço na infraestrutura dos municípios — os outros 30% afirmam que nada poderia ter sido feito diante da quantidade de chuva que atingiu o estado. Em setembro do ano passado, episódio semelhante, porém menos intenso, também provocou muita destruição e a morte de ao menos 55 pessoas.

Outro ponto abordado foi a percepção dos brasileiros sobre os eventos extremos do clima. A relação entre as enchentes e as mudanças climáticas é total para 64% dos entrevistados, enquanto 30% afirmam que é apenas parcial, 5% acham que há pouca ligação entre os fatos e 1%, nenhuma. Quase todas pessoas ouvidas (96%) consideraram, porém, que tem aumentado a intensidade e a frequência desses fenômenos naturais severos nos últimos anos. Apenas no Rio Grande do Sul foram dez episódios em menos de um ano, segundo o próprio governo.

A repetição do caos tem afetado diretamente a vida das pessoas — 78% dos entrevistados disseram que a cidade onde moram já sofreu com ondas de calor extremo, 44% afirmaram já ter presenciado enchentes ou inundações e 36% vivenciaram deslizamentos de terra. Foram ouvidos presencialmente 2.045 brasileiros de 16 anos ou mais em todos os estados do país. O grau de confiabilidade é de 95% e a margem de erro geral é de 2,2 pontos percentuais.

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‘Ação do homem’

Apesar da consciência revelada pela pesquisa de que as mudanças climáticas impactam diretamente na vida dos brasileiros, caiu de 73% para 58% o percentual de quem responsabiliza a ação humana pelas catástrofes ambientais entre dezembro de 2023 e maio deste ano. Ao mesmo tempo, subiu de 7% para 27% a fatia de pessoas que considera existir vários fatores combinados na explicação de tais desastres

Já a lista de soluções mais citadas para combater tragédias como a que assola as cidades gaúchas é liderada pela necessidade de se preservar ou criar áreas verdes (36%), de se promover ações de educação (17%) e de se proteger encostas e rios (8%) e de aprovar legislações mais severas.

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