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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

População é prejudicada por ‘greve ideológica’, diz prefeito de São Paulo

Ricardo Nunes (MDB) lembra que Sindicato dos Metroviários é comandado por sindicalista ligada ao PSOL do seu principal adversário, Guilherme Boulos

Por Da Redação Atualizado em 10 Maio 2024, 08h49 - Publicado em 3 out 2023, 11h32

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que a greve de trabalhadores do Metrô e da CPTM que afeta a cidade na manhã desta terça-feira, 3, é “ideológica” e apoiada pelo partido do seu principal adversário na disputa pela prefeitura em 2024, o PSOL, do deputado Guilherme Boulos.

“Lamentamos que nossa população seja prejudicada por uma greve ideológica, apoiada por partidos como o PSOL, da presidente do Sindicato dos Metroviários. Uma greve que não está, sequer, respeitando decisão da Justiça. Estamos trabalhando para ajudar aqueles que realmente trabalham”, postou em suas redes sociais. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo é comandado por Camila Lisboa, que é filiada ao PSOL e integra a corrente Resistência, que é ligada ao grupo de Boulos.

O fato também não havia passado despercebido por Tarcísio, que citou a conexão na sua entrevista coletiva na manhã desta terça-feira. “Ano que vem temos eleições municipais e está muito clara a motivação deles. Como vamos ter um prefeito que não dialoga com o governo?”, afirmou Tarcísio, em referência a Boulos. O governador deve apoiar a reeleição de Ricardo Nunes em 2024.

Boulos rebateu na sequência. Disse que a intransigência do governo de São Paulo “é a grande responsável pela greve”. “ Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação, para não prejudicar os usuários. O governo estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo”, postou o deputado. A Justiça, no entanto, também rejeitou a liberação das catracas alegando risco de tumulto nas estações se a medida fosse adotada.

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Em sua publicação nas redes sociais, Ricardo Nunes disse, ainda, que  a cidade tinha 443 km de trânsito contra 214 km registrados no dia anterior e lembrou que o rodízio de veículos havia sido suspenso em razão disso pela prefeitura. “Sabemos que nossa população, infelizmente, está perdendo exames e consultas médicas em decorrência dessa greve provocada por sindicatos que manipulam trabalhadores do transporte público com intuito político-partidário. Por isso, consultas exames poderão ser reagendados”, afirmou.

E voltou a atacar a motivação da greve. “Quero reforçar que estamos fazendo o possível para minimizar os estragos provocados por essa greve político-ideológica. Nos mantemos ao lado da São Paulo que acorda todos os dias disposta a fazer o melhor. São Paulo de gente trabalhadora jamais será terra de baderna e quebradeira”, publicou.

A greve no transporte público de São Paulo é política em vários sentidos. Além de ter virado motivo para troca de farpas entre os envolvidos na disputa pela prefeitura paulistana em 2024, ela também se transformou em duro teste político para Tarcísio de Freitas, que estreia em um cargo eletivo — leia matéria completa aqui.

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