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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Por que as mudanças no TSE serão a última cartada de Bolsonaro para 2026

Para driblar condenações à inelegibilidade, ex-presidente aposta na mudança nas cadeiras da Corte, que será presidida por Nunes Marques na próxima eleição

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 jun 2025, 12h07

Quando subiu ao palanque na avenida Paulista em abril deste ano, o ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a falar, abertamente, que contava com um Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “isento” para 2026. Ao se apresentar diversas vezes como candidato e nome da direita para as próximas eleições presidenciais, ele deixa claro que a sua estratégia para o ano que vem é tentar colocar seu nome nas urnas às custas de uma sucessão de recursos judiciais — imitando, a grosso modo, o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez em 2018, quando estava preso por conta da condenação que teve na Operação Lava-Jato.

No ano que vem, na época do registro das candidaturas presidenciais, quem vai estar no comando da Corte Eleitoral será o ministro Nunes Marques, que foi indicado por Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF). Na vice-presidência, estará o também ministro André Mendonça, que tem divergido de Alexandre de Moraes em vários casos importantes, como aborto, porte de armas, a condenação do ex-presidente Fernando Collor e a regulação das redes sociais. Vale lembrar também que Nunes Marques e Mendonça votaram várias vezes juntos para reduzir as penas ou inocentar os executores dos ataques do 8 de Janeiro. Em 2023, quando o TSE deixou Bolsonaro inelegível pela primeira vez, um dos votos para absolvê-lo veio de Nunes Marques.

PALCO - Plenário do TSE: com três vagas abertas neste ano, a dança das cadeiras para nova formação do tribunal já começou
PALCO - Plenário do TSE: com três vagas abertas neste ano, a dança das cadeiras para nova formação do tribunal já começou (Antonio Augusto/TSE)

Na presidência do TSE, o ministro não recebe a relatoria de processos — por isso, não poderia, por exemplo, dar liminares a favor do ex-presidente. Mas, terá sob seu controle a pauta do tribunal, podendo decidir quando determinado caso entrará em votação no plenário. As chances de uma ação ser distribuída para o gabinete de Mendonça serão de 1 para 6.

Uma frente em que Bolsonaro aposta é postergar o trânsito em julgado das suas condenações à inelegibilidade. O termo jurídico significa o fim de todos os prazos de recurso de um processo — e é o momento que, na maioria dos casos, marca quando uma decisão judicial tem que começar a ser cumprida. Se as condenações à inelegibilidade (ou uma eventual condenação criminal vinda do Supremo, no caso da tentativa de golpe) não transitarem em julgado, o ex-presidente pode protocolar o registro da candidatura alegando que ainda pode recorrer das ações. Os dois casos da inelegibilidade estão sendo analisados em sede de recurso no STF.

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arte-corte-digital-2948
(VEJA/VEJA)

Outra possibilidade, caso as condenações à inelegibilidade transitem em julgado no Supremo, é ingressar com uma ação rescisória, pedindo uma liminar com efeito suspensivo. Esse tipo de ação serve para rescindir o que foi deliberado em outros processos judiciais. A ideia seria questionar as condenações à inelegibilidade pedindo que elas sejam suspensas enquanto são questionadas em um novo processo — o que manteria Bolsonaro na corrida eleitoral ao menos provisoriamente. Porém, para a estratégia dar certo, o caso teria que ser distribuído a um ministro que acolha os argumentos do ex-presidente, o que tem chances muito remotas de êxito pela composição dos outros prováveis membros da Corte em agosto de 2026, o que é objeto de reportagem da edição nº 2948 de VEJA.

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