Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Por que os jovens brasileiros ainda relutam em tirar o título de eleitor

Número de eleitores de 16 e 17 anos é o mais baixo desde a redemocratização do país

Por Leonardo Lellis Atualizado em 30 mar 2022, 15h06 - Publicado em 30 mar 2022, 15h05

Com o registro do menor contingente de eleitores de 16 e 17 anos aptos a votar até fevereiro deste ano, artistas e celebridades entraram em campo para reforçar uma campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para incentivar o alistamento dessa faixa etária e quebrar resistências deste público à política tradicional. Segundo dados publicados pela Corte, até o mês passado havia 834 mil pessoas com 16 e 17 anos com o título de eleitor — apenas 0,56% do total do eleitorado. O número é o menor desde a redemocratização.

O desinteresse dessa faixa etária pela participação na vida democrática é explicado, em alguma medida, pela desconfiança desse público nas instituições políticas tradicionais. É o que mostra uma pesquisa da ONG Luminate Group, que fez um levantamento qualitativo entre jovens do Brasil, da Argentina, México e Colômbia.

“A descrença e a desconfiança profundas que os jovens têm nas instituições das democracias realmente existentes não significam, necessariamente, falta de adesão ou de comprometimento com os valores democráticos”, aponta o estudo, que ainda alerta para a importância de se ampliar a noção política para além das instâncias tradicionais, como partidos políticos.

No caso brasileiro, a pesquisa indica o peso das redes sociais no processo de politização — algo que escalou alguns degraus de importância no engajamento de celebridades como a cantora Anitta e a ex-BBB Juliette Freire na campanha para incentivar o alistamento eleitoral. 

“Vários entrevistados afirmaram ter começado a ganhar consciência política, ao verem comentários nas redes de pessoas que seguiam ou de influenciadores de quem gostavam e com os quais concordavam. Tal processo também podia ser desencadeado por comentários com os quais estavam em desacordo, o que fazia com que começassem a pensar sobre agendas nas quais nunca tinham pensado.”

Continua após a publicidade

Para além das desconfianças do jovem nas instituições políticas tradicionais, a pesquisa mostra que a polarização também ajuda a explicar a queda do interesse dos jovens pela política. “Essa divisão familiar provocada pelo contexto político brasileiro atual também contribui para que os entrevistados, em geral, percebam a política como uma forma constante de enfrentamento e divisão, já que em seus próprios lares a política é experimentada dessa forma, e as redes sociais também figuram como espaços de briga politica constante e agressividade permanente”, aponta.

Uma nova abordagem é também considerada fundamental para ampliar a participação. “O que nós jovens sentimos é a necessidade de uma mudança de tom ao chamado pelo voto: nós estamos atentos e mobilizados e o que nos move a tirar o título é entender nosso poder, não a cobrança de que carregamos o peso dos rumos de todo um país. Nós somos protagonistas e queremos que as outras gerações caminhem conosco em nossa formação política, não que assumam que não temos interesse ou não entendemos a importância do voto”, explica Helena Branco, da Girl Up Brasil, organização que criou a campanha #SeuVotoImporta.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.