O diretório do PSB em Pernambuco decidiu no último domingo, 12, que a legenda terá candidato próprio à sucessão do governador Paulo Câmara, que não pode disputar a reeleilão — está no segundo mandato. Falta saber quem. Nome preferido do partido para a disputa, o ex-prefeito do Recife Geraldo Júlio reluta em entrar na disputa para representar o partido — já disse que isso é “assunto encerrado” –, que vai completar 16 anos no comando do estado.
Enquanto o partido não se acerta, ganha corpo do lado do PT (aliado do PSB em Pernambuco) a candidatura do senador Humberto Costa. Qualquer definição passa pela negociação envolvendo a vaga de vice de Luiz Inácio Lula da Silva na candidatura petista à Presidência da República — e isso também depende dos movimentos do ex-governador tucano Geraldo Alckmin, cortejado pelos socialistas.
“Não vai haver discussão sobre a eleição presidencial do ano que vem sem que o PSB seja uma voz presente nas grandes decisões”, afirmou Sileno Guedes, presidente da legenda em Pernambuco, na convenção que definiu que o partido terá candidato próprio. “O PSB tem condição de abrigar todos que sonham e que querem um Brasil diferente do que está posto hoje”, concluiu.
Reportagem de VEJA desta semana mostra os percalços para os partidos de esquerda e centro-esquerda manterem o controle dos estados da região Nordeste. Com sete dos nove governadores impedidos de tentar a reeleição em 2022, oposição a Jair Bolsonaro vê sinal de alerta em reduto marcado pela resistência ao presidente.