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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

PT decide ir às ruas para pedir a prisão de Bolsonaro e acusados de golpe

Em nota, partido afirma que vai lutar também para mudar artigo 142 da Constituição, usado pelo bolsonarismo com frequência para pedir intervenção militar

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 dez 2024, 17h40 - Publicado em 9 dez 2024, 11h23

O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu convocar manifestações populares para a próxima terça-feira, 10, para exigir a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado. A decisão consta de nota oficial emitida pelo Diretório Nacional do PT no último final de semana.

“Não admitiremos anistia a golpistas defensores da tortura. Bolsonaro e todos os que tramaram contra a democracia brasileira devem responder pelos crimes cometidos”, afirma o comunicado. O texto condena o plano descoberto pela PF para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e declara que “é dever de todo cidadão democrata ajudar a sepultar a proposta para anistiar aqueles que tentaram ressuscitar os horrores dos anos de chumbo”.

Os protestos são organizados por um grupo de entidades sindicais e de mobilização social, incluindo a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. As manifestações estão confirmadas em pelo menos 37 cidades brasileiras, incluindo Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Belém e Goiânia — também há previsão de mobilizações em Lisboa e Roma. Na capital paulista, o ato ocorre na Avenida Paulista, com início às 17h de amanhã.

A proposta mencionada pelo partido refere-se ao PL da Anistia, como ficou conhecido o projeto de lei nº 2.858, de 2022, que foi resgatado pela ala bolsonarista do Congresso para instituir o perdão aos mais de 1.000 cidadãos acusados de participar dos atos violentos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. “Convocamos a sociedade a aderir em massa à mobilização nacional do próximo dia 10 pela prisão dos golpistas e pelo fim do projeto de anistia”, afirma a resolução do PT.

Militares fora da política

No encontro do final de semana em Brasília, o PT decidiu também retomar a articulação para aprovar uma emenda constitucional que altera o artigo 142 da Constituição sobre o funcionamento das Forças Armadas. A proposta, dos deputados petistas Carlos Zarattini e Alencar Santana, já tem 126 das 171 assinaturas necessárias para ser protocolada. Ela estabelece que as Forças Armadas não possuem poder moderador sobre a democracia, uma alegação usada com frequência por apoiadores de Bolsonaro para pedir intervenção militar no país.

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O PT quer também impedir militares da ativa de disputar eleições e ocupar cargos públicos. “É preciso delimitar de uma vez por todas as funções civis e militares no Estado democrático. Política não é e nunca foi lugar para as Forças Armadas”, diz trecho da nota do Diretório Nacional.

“Artimanhas da Faria Lima”

Outro ponto criticado na nota do PT é a reação profundamente negativa do mercado financeiro ao pacote de ajuste fiscal apresentado em novembro pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na esteira do anúncio das medidas, o dólar entrou em disparada e atingiu o maior valor nominal da história, fechando o pregão da última sexta-feira, 6, na cotação de 6,07 reais.

Na visão do partido, que é presidido nacionalmente pela deputada federal Gleisi Hoffmann, a escalada da moeda americana é resultado de “especulação” por parte de agentes do mercado financeiro insatisfeitos com trechos do pacote fiscal — em particular, causou desagrado a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para brasileiros que ganham até 5.000 reais por mês.

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“A sociedade civil precisa manter-se vigilante e enfrentar as artimanhas da Faria Lima que visam minar conquistas econômicas e sociais por meio da especulação”, critica o partido, referindo-se à região da capital paulista que concentra instituições financeiras de grande porte. O comunicado aponta, ainda, a resistência do setor empresarial ao projeto de lei que acaba com a escala de trabalho 6 por 1 (seis dias de serviço e um de descanso) como causa da turbulência no mercado.

De acordo com o PT, as empresas beneficiadas por isenções fiscais — notadamente, a desoneração da folha de pagamento aprovada em 2023 e renovada em 2024 — economizaram 546 bilhões de reais ao longo deste ano e também têm a obrigação de contribuir para o equilíbrio das contas públicas. “Invariavelmente, os mesmos que exigem cortes de investimentos sociais são os que usufruem do não pagamento de impostos, notadamente grupos ligados ao agronegócio“, diz a nota oficial.

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