O empresário Rogério Saladino dos Santos, de 56 anos, morreu na tarde de sábado, 16, após trocar tiros com a Polícia Civil na porta de sua residência no bairro dos Jardins, região nobre de São Paulo. Além de Saladino, o tiroteio causou a morte da policial Milene Estevam, de 39 anos, e do vigilante Alex James Gomes Mury, 49, que trabalhava para o empresário.
Saladino era um dos sócios-proprietários da Biofast Diagnóstico S.A, empresa de medicina diagnóstica sediada na Zona Oeste da capital paulista. O grupo existe desde 2004 e possui laboratórios nos estados de São Paulo, Ceará e Bahia – segundo informações da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a Biofast opera dez unidades independentes e atua em sete hospitais, empregando 355 funcionários em todo o país.
De acordo com registros nas redes sociais, Saladino estava em um relacionamento sério com a arquiteta, modelo e influenciadora Bianca Klamt. Em seu perfil oficial no Instagram, Bianca compartilhou mensagens de solidariedade de amigos do casal e esclareceu que eles estavam organizando um almoço para alguns convidados pouco antes do ocorrido. “Um dia muito difícil, nem posso acreditar”, publicou a modelo.
Entenda o crime
Na tarde de sábado, 16, a policial civil Milene Estevam, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), e um colega estavam colhendo informações no bairro dos Jardins, na Zona Sul de São Paulo, durante a investigação de um furto ocorrido na região na sexta-feira, 15. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os dois agentes tocaram a campainha da residência de Saladino, na rua Guadalupe, para pedir ao proprietário que fornecesse imagens de suas câmeras de vigilância.
Neste momento, por achar que a casa estava sendo invadida, o empresário abriu a porta disparando e atingiu Milene – o outro policial reagiu e atirou contra ele. O vigilante Alex Gomes teria, então, pego o revólver do chão para atirar contra os agentes e também foi baleado. O vigia morreu no local, enquanto Saladino e Milene chegaram a ser socorridos e levados a um hospital, mas não resistiram aos ferimentos.
De acordo com a SSP, porções de drogas foram encontradas e apreendidas na casa de Saladino, além de duas armas que pertenciam ao proprietário. Os casos estão sendo investigados como homicídio e morte decorrente de intervenção policial pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo, que também questionou a Polícia Federal (PF) se os revólveres apreendidos tinham registro e se o empresário era licenciado como Colecionador, Atirador Desportivo ou Caçador (CAC) para manter a posse dos armamentos.