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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Revés no Congresso mostra fragilidade de Lula, dizem aliados de Bolsonaro

'A base do governo é de cerca de 120 votos', diz líder do PL, maior partido de oposição; 'Ouçam o Brasil', diz Ciro Nogueira, presidente do PP

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 Maio 2024, 22h24 - Publicado em 29 Maio 2024, 19h21

Parlamentares aliados de Jair Bolsonaro avaliam o placar das votações da sessão conjunta do Congresso desta semana como uma “reação” ao que consideram pautas equivocadas do governo Luiz Inácio Lula da Silva, além de um sinal de fragilidade da própria base governista.

Na última terça-feira, 28, deputados e senadores se reuniram para analisar uma série de vetos presidenciais a projetos de lei. Uma das principais vitórias de adversários do governo foi a derrubada do veto de Lula que mantinha a saída temporária de presos, conhecida como “saidinhas”, em feriados.

Outro ponto comemorado foi a manutenção de um veto proposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto ainda era presidente. Em linhas gerais, o veto 46, agora mantido, proíbe a criminalização da propagação de fake news durante o processo eleitoral.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), um dos principais articuladores da medida, comemorou o resultado final das votações. “O dia de ontem foi péssimo para o governo Lula e excelente para o Brasil. A luta é grande, mas as pautas da esquerda não vão destruir o caminho que queremos para o nosso país”, publicou em suas redes. 

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Ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) também sinalizou a união da oposição em torno de temas caros à direita e à centro-direita, eleitorado do ex-presidente. “Foi muito mais do que vetar as saidinhas. Foi um grito ao governo Lula: não às pautas da esquerda e ouçam o Brasil! A violência corrói e derrubar lei do Congresso é tapa na cara da sociedade”, disse.

Para o líder da bancada do PL, o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), o placar final das votações foi mais uma demonstração da fragilidade do governo mesmo junto a partidos de “centro” que oscilam, por vezes, entre situação e oposição.

“A base do governo, mesmo, é de cerca de 120 votos: PT, PSOL, Rede. O restante dos partidos do Centrão que compõem o governo mostrou que não estarão junto em qualquer circunstância. Porque essas legendas têm posicionamentos que prevalecerão”, afirma. “Existem pautas que são consideradas importantíssimas para a sociedade, como liberdade de expressão e direito à legítima defesa”, conclui.

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Articulação

Um dos principais focos de atrito do governo Lula desde sua estreia, em 2023, a articulação política continua sendo um ponto cego da atual gestão, com críticas de sobra ao ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

“Ele é um desastre na articulação, trata mas não cumpre nada. Tem zero crédito com o Centrão. Essas pautas seriam minimizadas caso houvesse uma boa interlocução, mas não há”, diz um importante cacique aliado de Bolsonaro. O parlamentar assinala que o líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE), tem uma relação boa com todas as bancadas e que atua “dentro do possível” para aparar as arestas mas que, sem o respaldo de Padilha, os trabalhos “não funcionam”.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PI), responsável por pautar os temas e conduzir acordos para votações na Casa, recentemente esteve às turras com Padilha, chegando a chamar o emissário do governo de “desafeto pessoal” e tecendo duras críticas à articulação do Planalto.

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“Os líderes do Centrão só querem falar com o Rui Costa [ministro da Casa Civil]. Porque no Padilha ninguém confia mais”, diz o aliado bolsonarista.

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