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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Sabatina VEJA: ‘Agora virou guerra’, diz Nunes sobre apagão em São Paulo

Prefeito critica o governo Lula, a Aneel e a concessionária Enel e fala também sobre mobilidade urbana, segurança, investimentos e sua relação com Bolsonaro

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 out 2024, 17h49 - Publicado em 23 out 2024, 17h09
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  • O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), subiu o tom contra o governo federal, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a concessionária Enel em razão do apagão que deixou 3,1 milhões de endereços sem luz na cidade há quase duas semanas e que foi alvo de exploração da oposição na campanha eleitoral.

    Nunes ressaltou o que considera falta de competência do Ministério de Minas e Energia e da Aneel, a quem compete fiscalizar e, se for o caso, revogar o contrato com a concessionária. O seu principal alvo foi o ministro da pasta, Alexandre Silveira. “Agora virou uma guerra. É a cidade de São Paulo e o povo de São Paulo contra o ministro e contra a Aneel. O governador Tarcísio de Freitas e eu chamamos o presidente da Aneel e o presidente da Enel e dissemos: não queremos mais vocês aqui. Deem um jeito de sair daqui. Não adianta, eles são irresponsáveis”, declarou durante sabatina promovida por VEJA, dentro do projeto VEJA E VOTE.

    O atual prefeito ainda defendeu ser atribuição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma eventual intervenção na direção da concessionária — atitude que ele, lembra, tomou com empresas de ônibus acusadas de irregularidades em São Paulo –, disse que a gestão municipal não tem poder legal de tomar providências e defendeu alteração na legislação para que as prefeituras de todo o país possam fiscalizar e multar as empresas de concessão de energia. “A gente precisa melhorar os contratos de concessão”, afirmou.

    Assista à íntegra da sabatina no vídeo acima.

    O atual prefeito ainda falou de outras propostas de campanha, como a melhoria do trânsito e do transporte público. Afirmou ser seu “desejo” que não haja aumento da tarifa do ônibus no próximo ano — embora reconheça que há fatores que serão levados em consideração, como o preço do combustível — e destacou a ampliação de obras de infraestrutura em todas as regiões da cidade como forma de melhorar a mobilidade. “Tem o BRT Radial Leste, o BRT Aricanduva. A própria Avenida Santo Amaro. E tudo isso em paralelo com as obras do metrô que serão entregues pelo governo do estado até 2026″, elencou.

    Na área de segurança pública, Nunes prometeu aumentar o número de guardas da Guarda Civil Metropolitana, além de ampliar o programa em parceria com o governo estadual que permite a policiais militares atuarem no efetivo municipal, como forma de dar continuidade aos índices que mostram queda nos furtos e roubos na cidade.

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    Sobre a participação hesitante de Jair Bolsonaro em sua campanha, Nunes afirmou que o ex-presidente teve que se dividir em inúmeras viagens alavancando candidaturas em todo o país, e exaltou a figura de Tarcísio, seu principal aliado atualmente. “O Tarcísio está aqui no dia a dia. Até porque é o governador de São Paulo, tem os municípios do estado para poder ajudar os prefeitos de suas coligações. Esteve mais presente e com participação maior”, justificou.

    Em relação a acusações ventiladas pelo seu adversário Guilherme Boulos (PSOL) a respeito de seu envolvimento em um esquema de desvio em creches, o prefeito negou as acusações e reafirmou sua inocência. “O Ministério Público fez essa investigação e me deu um atestado de idoneidade. Prestei todos os esclarecimentos, houve a quebra do meu sigilo, e a conclusão do MP foi a de que não existiu nenhum envolvimento meu com nada de errado”, afirmou.

    Recusa

    Guilherme Boulos (PSOL) também foi insistentemente convidado para a sabatina, mas declinou do convite. O candidato, assim como o prefeito, também já havia faltado ao debate promovido por VEJA no primeiro turno.

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