De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, a CET, e a Prefeitura Municipal, até as 17h deste domingo, 13, ainda havia 160 semáforos desligados na capital paulista devido ao temporal que atingiu a cidade na noite de sexta, 11, deixando 2,1 milhões de casas sem energia elétrica. Além disso, há mais cinco semáforos desligados por conta de problemas técnicos nos equipamentos.
No sábado, 12, o número era bem mais alto: eram 187 semáforos desligados por falta de energia e doze por falha nos equipamentos. O último balanço divulgado pela Enel, empresa que atende a cidade de São Paulo e a região metropolitana, era de que neste domingo ainda há 760 000 residências sem energia elétrica. A situação de desabastecimento é mais dramática nos bairros do Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís (todos na zona sul) e nas cidades de Cotia, São Bernardo do Campo e Taboão da Serra (na região metropolitana).
É o segundo grande apagão em menos de um ano na cidade de São Paulo sob gerência da Enel. Em novembro do ano passado, quatro milhões de residências ficaram sem energia devido a fortes chuvas na cidade. Em alguns bairros, moradores chegaram a ficar mais de uma semana sem o abastecimento, perdendo alimentos, sofrendo prejuízos no trabalho e em outros atendimentos públicos (como saúde e escolas).
A Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, realiza neste domingo, uma reunião com a Enel no escritório na zona sul de São Paulo para discutir o episódio desta sexta e as medidas que estão sendo tomadas pela empresa. A Aneel, que faz parte do Ministério de Minas e Energia, já sinalizou que pode rescindir o contrato com a Enel caso a empresa não demonstre uma solução satisfatória e ágil da situação. “Caso a empresa não apresente solução satisfatória e imediata da prestação do serviço, a Agência instaurará processo de recomendação da caducidade da concessão junto ao MME”, disse a pasta.