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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Seis desaparecidos: quem é quem no mistério sobre cobrança de dívida no PR

Caso tem três cobradores, um contratante do serviço de cobrança e dois devedores desaparecidos; polícia trabalha com hipótese de assassinatos e fuga

Por Pedro Jordão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 ago 2025, 10h45 - Publicado em 19 ago 2025, 09h52

O caso dos três amigos que viajaram de São Paulo para o Paraná para cobrar uma dívida de 255 mil reais e desapareceram tem repercutido desde o início de agosto. Além dos três, também estão desaparecidos o contratante dos serviços e os dois principais suspeitos de terem sido responsáveis pelos desaparecimentos.

Os três amigos teriam sido contratados para fazer a cobrança do valor referente à venda de um terreno rural de Icaraíma, no noroeste paranaense, por um homem que mora na cidade. O caso é tratado pela polícia como um possível homicídio, e os devedores estão foragidos.

Confira abaixo quem é quem na história.

Contratante:

 

  • Alencar Gonçalves de Souza

Pequeno produtor rural de 36 anos e descrito por sua família como um homem pacato. Ele é o mais novo de três irmãos e é casado há alguns anos. Ele morava com a mulher e o pai, um homem de 67 anos, em uma propriedade rural, e trabalhava com cercas e gado.

A família diz não ter tido conhecimento de que ele havia contratado três jagunços para fazer a cobrança da dívida de 255 mil reais que a família Buscariollo tinha com ele, pela compra de um terreno há dois anos.

Alencar Gonçalves de Souza contratou três amigos que desapareceram para cobrarem dívida por ele
Alencar Gonçalves de Souza (Redes sociais/Reprodução)
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Cobradores:

 

  • Diego Henrique Afonso

Diego teria entre 36 e 39 anos e morava em Olímpia, cidade do noroeste do estado de São Paulo. Assim como os amigos, ele trabalhava há treze anos irregularmente como cobrador de dívidas, com métodos considerados persuasivos e violentos.

Ainda não há informações suficientes sobre a vida pessoal dele.

  • Robishley Hirnani de Oliveira

Vendedor de 53 anos, ele era casado há dez anos e tinha dois filhos, uma menina de sete anos e um bebê de sete meses. Dos três cobradores, Robishley foi o primeiro a desacreditar que a dívida dos Buscariollo seria paga a Alencar.

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De acordo com a mulher, ele viajava muito para fazer as cobranças, que ela não aprovava, por sentir medo. Além da atividade de cobrador de dívidas, ele também trabalhava como vendedor: “De carros, caminhões, motos, casa, sítio, qualquer coisa”, relatou a mulher para um veículo de imprensa. “Eu tento proibir ele, mas a gente não segura ninguém. Essa não é a fonte de renda [principal] dele, a gente não precisava disso”, completou.

Pouco depois de chegar a Icaraíma, Robishley mandou uma mensagem de áudio para a mulher relatando um estado de saúde ruim, com dores, e afirmando achar que a cobrança da dívida não surtiria efeito. “Passei muito mal, estou mal, dói muito o rim. Pior é que não vai virar nada aqui”, disse ele à esposa, Denise Cristiane Pereira. A mensagem foi o último contato dele com a mulher.

  • Rafael Juliano Marascalchi

Aos 43 anos, Rafael é casado, pai e avô. Ele vivia da renda de alguns imóveis: duas casas e uma chácara. Ele era mais próximo de Robishley e já havia feito algumas cobranças de dívidas com ele anteriormente como forma de receber dinheiro extra. Foi, inclusive, Robishley quem o convidou para participar da cobrança em Icaraíma.

Foi ele quem usou o celular para fazer uma selfie do trio enquanto estavam no carro a caminho do Paraná.

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Suspeitos foragidos:

 

  • Antônio Buscariollo

Conhecido em Icaraíma como Tonhão Buscariollo, o produtor rural de 66 anos já havia tentado ser vereador da cidade duas vezes, em 2020 (quando foi conseguiu ser suplente) e em 2024 (não eleito). Nas duas ocasiões, ele declarou à Justiça Eleitoral que era aposentado e que possuía patrimônio de mais de 100 mil reais — na primeira eleição, citou uma chácara e um carro; na segunda, dois terrenos e um veículo.

Os perfis dele nas redes sociais apontam que ele trabalha para um empresa chamada Pesqueiro Buscariollo, mas não há informações sobre essa empresa em suas declarações à Justiça Eleitoral.

Ele teria comprado um terreno rural de Alencar por 255 mil reais, mas não estava pagando as parcelas como havia combinado. Ele negou para a polícia que tivesse contraído a dívida e acusou parentes da sua família pelo débito, mas a versão não foi confirmada e as pessoas indicadas não foram encontradas pelas autoridades.

Ele morava em uma propriedade rural com a mulher e o filho mais velho de outro casamento, Paulo Ricardo Buscariollo.

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Antônio Buscariollo, foragido por desaparecimento de amigos em Icaraíma, foi candidato a vereador em 2024
Antônio Buscariollo (Redes sociais/Reprodução)
  • Paulo Ricardo Costa Buscariollo

Filho mais velho de Tonhão, Paulo Ricardo tem 22 anos e também trabalhava como produtor rural. Ele foi responsável pela maior doação individual de campanha da candidatura do pai em 2024, no valor de R$ 1.052.

Ele teria sido o responsável pela compra propriamente dita do terreno de Alencar.

Paulo Ricardo Buscariollo
Paulo Ricardo Buscariollo (Polícia Civil do Paraná/Divulgação)
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