Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Sem licença do Ibama, petróleo na Foz do Amazonas vai a leilão

Em toda a Margem Equatorial, cinco setores de exploração petrolífera serão colocados à venda pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP)

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 abr 2025, 17h03

O próximo leilão brasileiro de áreas para exploração e produção de petróleo vai oferecer blocos localizados na bacia da Foz do Amazonas, confirmou a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). O leilão está previsto para o próximo dia 17 de junho, e a lista de setores em oferta foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 14.

Cinco dos dezesseis setores oferecidos no leilão estão localizados na Margem Equatorial brasileira, sendo quatro na Foz do Amazonas e uma na bacia Potiguar. Esta é a primeira vez que os campos na costa amazônica são incluídos no leilão, que terá a participação de 31 empresas nacionais e internacionais concorrendo pela exploração de dezesseis regiões.

O anúncio ocorre em meio à queda de braço entre a Petrobras e o Ibama pelo direito de perfurar em busca de petróleo na margem amazônica. A exploração na região é considerada estratégica pelo governo federal e tem a bênção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o órgão ambiental — subordinado à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que é opositora ao projeto — vem negando repetidamente a autorização para que a estatal comece as operações no litoral da Amazônia.

Licença para perfurar margem amazônica ainda é impasse no governo

No centro da disputa entre Ibama e Petrobras está o bloco 59, próximo ao litoral do Amapá, que não foi incluído entre os setores à venda no próximo leilão. A região noroeste da bacia da Foz do Amazonas abriga um potencial de 6,2 bilhões de barris de óleo equivalentes (BOE, termo que considera petróleo e gás natural), segundo estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) — no entanto, para comprovar esta projeção, a Petrobras depende de uma licença de pesquisa que o Ibama, apesar da pressão exercida pelo Planalto, ainda não concedeu.

A área onde seriam abertos os poços de petróleo no bloco 59 fica a cerca de 160 quilômetros de distância da costa amapaense e, apesar do nome da bacia, mais de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas. O debate sobre aprofundar as pesquisas na região já se estende há mais de uma década — a mais recente negativa do Ibama veio em outubro de 2024, e ainda não há previsão para divulgação de um novo parecer.

Do lado do Ibama, as preocupações são concentradas nos riscos à fauna e a flora amazônicas em caso de vazamento. A Petrobras, porém, argumenta que já explora petróleo com segurança em outras partes da margem equatorial, como na bacia Potiguar, e que já apresentou todos os planos de emergência e estruturas exigidas para a operação — especificamente, a estatal afirma que já foi concluída a unidade de proteção e reabilitação animal em Oiapoque (AP), uma das principais demandas pontuadas pelo Ibama após rejeitar a licença pela última vez, no ano passado.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.