A aprovação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é maior que a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Osasco, cidade que possui o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) do estado. O governo estadual é aprovado por 64,1% dos eleitores do município, enquanto a administração federal aparece com 48,9% de avaliação positiva, segundo levantamento publicado nesta quarta-feira, 20, pelo Instituto Paraná Pesquisas.
A pesquisa indica que ambos os chefes do Executivo tiveram aumento da rejeição desde julho, quando foi divulgado o estudo anterior. Neste período, o governo Lula passou de 40,6% de reprovação para 47,5%, enquanto a opinião negativa sobre a gestão Tarcísio cresceu de 24,7% para 31,2%.
Seguindo a mesma tendência, o levantamento do Paraná Pesquisas mostra queda na aprovação das administrações federal e estadual no município ao longo do semestre. Entre julho e dezembro, a percepção favorável ao mandato do petista recuou de 55,9% para 48,9%, ao passo que o apoio dos eleitores ao governador caiu de 70,1% para 64,1%.
Eleições municipais
Na corrida eleitoral para a Prefeitura de Osasco, o prefeito Rogério Lins (PODE) lidera com 15,8% das intenções de voto, seguido pelo deputado estadual e colega de partido Gerson Pessoa, com 7,6% – na sequência, aparece o deputado estadual Emídio de Souza (PT), com 2%. Os demais pré-candidatos pontuaram abaixo de 1% no levantamento do Paraná Pesquisas.
Na avaliação da gestão municipal, a aprovação do prefeito chega a 83,4%, contra 14,1% de rejeição ao seu mandato. Em julho, estes números eram de 79,1% e 18,4%, respectivamente. Neste período, tanto as melhores opiniões quanto as piores sobre a gestão municipal aumentaram – os eleitores que consideram a administração de Osasco “ótima” cresceram de 27,4% para 30,7%, enquanto aqueles que veem como “péssima” subiram de 5,1% para 6,4%.
Polarização
Nas eleições presidenciais de 2022, a cidade de Osasco despontou como importante base eleitoral tanto para a esquerda quanto para a direita. A vitória de Lula no município deu-se por uma margem extremamente acirrada – o petista teve 50,4% das urnas no segundo turno, contra 49,6% de Jair Bolsonaro (PL), o equivalente a menos de 4 mil votos de diferença.
A mesma polarização foi percebida nos resultados eleitorais da cidade para o governo estadual, que registraram diferença ainda mais estreita do que o pleito federal. Entre os osasquenses, o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) recebeu 50,32% dos votos, enquanto Tarcísio de Freitas teve 49,68%, o que corresponde a uma vantagem de aproximadamente 2.700 eleitores.