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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Uso da máquina pública e canibalismo: a investida de Lula contra Bolsonaro

Em evento em Campinas (SP), petista classificou declarações do atual presidente como 'insanidade' e afirmou que conduta eleitoral deveria ser investigada

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 out 2022, 12h53 - Publicado em 8 out 2022, 12h31

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, neste sábado, 8, o uso da máquina pública por Jair Bolsonaro (PL) na campanha à reeleição e classificou as falas do atual presidente sobre canibalismo e ofensas a nordestinos como uma “insanidade”.

Ao lado do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT), Lula participou de ato de campanha em Campinas, maior cidade do interior paulista.

“Temos um cidadão que está na Presidência e que está usando a máquina do governo para fazer campanha (…) quando eu era presidente, a gente só saía pra fazer campanha às seis da tarde. Porque durante o dia a gente tem que exercer nossa função principal, que é governar o país (…) ele está agindo como se o Brasil fosse uma coisa particular dele, na medida em que ele tenta ganhar voto (…) usando tudo que é recurso, que se fosse outra época, seria denunciado (…) porque você não pode usar a máquina”, declarou o ex-presidente.

Lula voltou a criticar as falas de Bolsonaro sobre ter cogitado comer carne de índio, durante entrevista de 2016 ao jornal americano The New York Times. As declarações, registradas em vídeo, estão sendo usadas pela própria campanha petista na propaganda de TV, rádio e internet — o que ligou o alerta da equipe de Bolsonaro.

Nesta semana, durante uma de suas lives, o atual presidente declarou que Lula havia liderado a votação no Nordeste por se tratar de uma região cujo eleitorado é marcado pelo “analfabetismo” e onde há “menos cultura”.

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“Ele tem um DNA negativista, por isso que ofende nordestino, por isso que fala que vai comer índio (…) é uma insanidade, a gente está disputando uma eleição anormal”, afirmou Lula.

O ex-presidente voltou a defender a importância da agricultura, da retomada da industrialização e do diálogo com empresários e disse pretender trabalhar pela vitória de Haddad em São Paulo e pelo aumento do próprio desempenho no segundo turno.

No último domingo, Bolsonaro venceu Lula no estado — o maior colégio eleitoral do país –, com 12,2 milhões de votos (47,71%). O petista teve 10,4 milhões de votos (40,89%). Já na disputa ao Palácio dos Bandeirantes, Haddad teve 8,3 milhões de votos (35,70%), contra 9,8 milhões de votos (42,32%) de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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“Estou convencido de que vou ganhar as eleições em São Paulo e estou convencido de que o Haddad vai junto. Porque é muito importante essa parceria, São Paulo e o Brasil. Seria muito importante, na primeira vez que o PT governar o estado mais importante da nação, ter o presidente da República junto”, declarou.

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