O advogado Gustavo Guedes, responsável pela defesa do senador Sergio Moro (União Brasil) no processo em que ele responde por abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022, foi o entrevistado do programa Ponto de Vista, da VEJA. O advogado vai falar sobre a expectativa para o julgamento que será retomado nesta terça-feira, 9, às 14h.
O senador está a um voto de evitar a cassação de seu mandato no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Até o momento, dos sete desembargadores da Corte, três votaram pela absolvição de Moro e um contra. Questionado, Guedes diz ter uma “expectativa positiva” para a continuidade do julgamento por “confiar na tese” apresentada pela defesa.
“Expectativa positiva pela forma como os debates foram conduzidos no TRE do Paraná. Um debate com muita transparência, levando ao eleitorado, especialmente do Paraná, a realidade e o que estava sendo discutido no processo. Eu tenho expectativa positiva, mas naturalmente respeitando os muitos votos que ainda têm que ser proferidos”, afirmou.
O advogado também comentou sobre a possibilidade dos autores das ações – ou da própria defesa, a depender do resultado – de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. “Em relação a Brasília [onde fica o TSE] é esperar concluir esse julgamento e entender quem precisará recorrer a Brasília. Tem bastante coisa pra acontecer”, salientou.
Guedes também disse que viu nas ações – e na argumentação dos partidos que a apresentaram – uma “tentativa da criação de uma tese” e de “criminalizar os gastos em pré-campanha”. Para o advogado, o “precedente” que pode ser aberto com uma possível condenação de Moro seria “um buraco negro para que tudo pudesse ser colocado nele como um período de pré-campanha”.
“É preciso que tenha limites, naturalmente. Mas eu defendo que se tenha legislação sobre isso. Ou que se tenha uma sinalização, na ausência de legislação, da Justiça Eleitoral que valha pra frente. A minha maior crítica pra esse caso foi a tentativa da criação de uma jurisprudência olhando pra trás”, concluiu Gustavo Gudes.
Assista à entrevista completa abaixo
Sobre as ações
Há duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) contra o ex-ministro de Bolsonaro, cada uma protocolada por frentes antagônicas. A primeira pelo Partido Liberal (PL) e a outra pela Federação Brasil da Esperança, composta por PT/PCdoB/PV. Os partidos alegam que os gastos feitos por Sergio Moro na pré-campanha deram a ele uma visibilidade desproporcional, o que impactou a disputa para o Senado.
Sobre o programa
O Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, também vai abordar as principais notícias do dia com o colunista Robson Bonin. Você pode participar mandando sua pergunta em nossas redes sociais ou pelo chat.
A entrevista é transmitida simultaneamente no YouTube e na homepage da VEJA, e para os inscritos no canal da VEJA no WhatsApp.
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