A situação na Venezuela ficou ainda mais crítica após a ordem de prisão contra o principal opositor do governo de Nicolás Maduro, Edmundo González, nesta semana. Por isso, fontes do Itamaraty não descartam uma resposta ainda mais dura do que a que foi dada nesta terça-feira, 3, em conjunto com o governo da Colômbia.
No texto, os países manifestaram “profunda preocupação” com o pedido de prisão do adversário de Maduro e que isso afeta gravemente os compromissos assumidos no âmbito dos Acordos de Barbados, em que governo e oposição, mediados pela Noruega, firmaram compromissos por um processo eleitoral democrático no país.
A nota ainda conclui dizendo que a decisão “dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas”.
A coluna ouviu que a “depender da evolução do quadro”, existe até a possibilidade de o governo brasileiro classificar Maduro como ditador, o que sempre foi negado pelo presidente Lula. Porém, isso ainda não deve acontecer no curto prazo. A ideia é continuar as conversas para que ainda haja uma fonte de diálogo na mediação do conflito no país vizinho.
Até então, o governo vem pedindo transparência e a divulgação das atas eleitorais que comprovem o resultado da eleição do dia 28 de julho, na qual o Conselho Nacional Eleitoral, ligado ao regime chavista, declarou o atual presidente como vitorioso.