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Marcela Rahal

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Jornalista, já atuou em diversos veículos como repórter, editora e âncora de telejornais. Sempre cobrindo hardnews, nas editorias de política, economia e cidades. Blog de informação e análise do cenário político nacional.

O argumento do governo Lula ao condenar os ataques contra o Irã

Em nota, o Itamaraty criticou a ação dos EUA contra o país liderado pelo aiatolá Ali Khamenei

Por Marcela Rahal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 jun 2025, 17h19 - Publicado em 23 jun 2025, 17h10

O Ministério das Relações Exteriores condenou neste domingo, 22, os ataques feitos pelo Estados Unidos contra três usinas nucleares no Irã. Em nota, o Itamaraty afirmou: “O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional”.

O posicionamento foi questionado pela oposição e pela Comissão de Assuntos Exteriores na Câmara que se manifestou dizendo que a postura do governo era lamentável, alinhada com o Irã. Deputados disseram que a ‘destruição do programa nuclear iraniano era desejada por boa parte do mundo’.

À coluna, diplomatas veem essa visão como simplista e uma forma de instrumentalizar politicamente uma discussão muito mais profunda. Um dos argumentos ressaltados é o de que o próprio diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, informou que não foram reunidas provas que confirmem um ‘esforço sistemático do Irã para construção de uma bomba atômica’. A instituição é a responsável por inspecionar o programa nuclear do país. No entanto, a agência em um relatório divulgado recentemente citou a preocupação de que Teerã estivesse enriquecendo urânio a 60%. Para a construção de bombas nucleares o nível deve chegar a 90%.

Para o Itamaraty, existe uma clara diferença de tratamento dado por países ocidentais ao Irã em relação a Israel. O país comandado por Benjamin Netanyahu é um dos poucos que não é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, ao contrário dos iranianos. O acordo prevê a redução dessas armas e também o uso de energia nuclear apenas para fins pacíficos.

É a política conhecida como ‘double standard’ da ONU, diz um diplomata, ou seja, duplo padrão, em que a Organização aplica posições diferentes em relação a solução de conflitos relacionados aos direitos humanos e segurança internacional, a depender do país que comete a agressão.

Acima de tudo, ressalta um integrante do Itamaraty, o Brasil segue as normas do direito internacional. Portanto, condena qualquer tipo de violação à soberania nacional.

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