O prefeito de Santo André e presidente do PSDB de São Paulo, Paulo Serra, foi o entrevistado do programa Ponto de Vista, de VEJA. Paulo Serra falou sobre a situação do partido para as eleições deste ano, após a debandada de parlamentares que deixaram a legenda e sobre o futuro. A sigla ficou dividida sobre o apoio para o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que concorre a reeleição. O presidente do diretório municipal, José Anibal, é contra. Boa parte dos parlamentares, no entanto, apoiam Nunes.
Para Serra, a decisão ‘não é fácil’ e o ‘ideal é que o PSDB tivesse candidatura própria’, mas que ‘pelo curto período’ para que novos integrantes sejam filiados, ‘talvez seja difícil’. Por isso, segundo ele, a questão de apoiar ou não Nunes ‘deve ser mediada pela executiva nacional’. “O Zé Anibal tem uma posição muito clara, mas me parece que uma grande parte do partido, incluindo vereadores, preferem uma aliança com o atual prefeito”, afirmou o político.
“Sem a candidatura própria, tem que definir apoio. Na nossa opinião, ouvindo grande parte do partido, principalmente para quem vai pras urnas, a proximidade com o atual prefeito me parece maior do que com outras candidaturas. Agora acho que tem que ter um grande diálogo, um grande debate, que eu defendo que seja nas próximas horas pra gente ter a definição”, acrescentou Serra.
O prefeito de Santo André, porém, disse que seria um ‘erro do ponto de vista estratégico’ fazer uma nova concessão e que ter uma candidatura própria na capital paulista ‘seria uma oportunidade do PSDB se reconectar’. “Mas pela falta de quadro nós deixamos de ter [candidatura própria]. Pelo menos até agora não temos essa opção pra ter uma candidatura. E não tendo essa candidatura, é um pragmatismo político pra que a gente tenha a chapa de vereadores”, ressaltou.
Relevância nacional
O presidente afirmou ainda que ter a vice e eleger vereadores é o ‘plano b para manter o partido vivo’, mas que se o partido quiser ‘voltar a ser uma referência para as pessoas, quiser voltar a ser conhecido como partido formulador de políticas publicas’ é preciso ‘ter um projeto nacional’. “A eleição municipal é importante, mas temos que voltar a ter um projeto nacional”, salientou, acrescentando que, para ele, hoje, o principal nome da sigla para ocupar esse espaço é o do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
“Hoje o nome mais natural é o do governador Eduardo Leite, que está no segundo mandato, tem uma aprovação altíssima no Rio Grande. Já é um quadro hoje que tem um nível de conhecimento no país todo. Eu defendo o nome do Eduardo, mas acredito que seja uma construção ainda de médio prazo”, opinou.
Assista à entrevista completa:
Sobre o programa
O Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, também vai abordar as principais notícias do dia com o colunista Matheus Leitão. Vale lembrar que você pode participar mandando sua pergunta nas nossas redes sociais ou pelo chat.
A entrevista é transmitida simultaneamente no YouTube e na home de VEJA, e para os inscritos no canal de VEJA no WhatsApp.
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