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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A condenação de dois políticos de direita por fake news contra Maria Gadú

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 22h29 - Publicado em 29 ago 2023, 15h25
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  • Bolsonaristas raiz, Fernando Holiday e Lucas Pavanato foram condenados pela Justiça Federal do DF por divulgar fake news contra a cantora Maria Gadú.

    O vereador e o deputado estadual em São Paulo afirmaram, em postagens na internet, que haviam bloqueado o pagamento do cachê da compositora por ocasião de um show realizado em 18 de setembro de 2022, na “Festa Lítero Musical”, em São José dos Campos.

    Era mentira. E eles foram pegos nela. Para o juiz Marllon Souza, “[os] fatos demonstram a falta de boa fé dos autores”.

    Toalha arremessada

    Durante o evento, a cantora estendeu uma toalha com a imagem do então candidato Lula, hoje presidente, arremessada ao palco pela plateia.

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    Holiday e Pavanato, juntamente com o vereador de São José dos Campos, Thomaz Henrique, ingressaram com ação judicial requerendo a suspensão do pagamento do cachê de Gadú, sob a alegação de showmício.

    Depois, divulgaram nas redes sociais que haviam conquistado uma decisão que suspendia o cachê da artista, o que não aconteceu. Por isso, a coluna não vai reproduzir a mentira dos parlamentares aqui.

    Mas a decisão do juiz é muito clara em mostrar que a história é ainda pior. A fake news tinha o objetivo de ajudar a campanha de Holiday e Pavanato. “Tais fatos demonstram a falta de boa fé dos autores e o desvirtuamento de finalidade com a propositura da presente demanda, para fins de autopromoção e de obter vantagens eleitorais”.

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    Além de serem condenados por fake news, o juiz indeferiu a ação inicial por “ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo”. “Desta forma, há que se cuidar da banalização do processo judicial para obtenção de fins políticos, evitando-se a todo custo o indesejável e inconstitucional ativismo judicial”, completa o magistrado Marllon Souza, que estipulou uma multa simbólica a ser paga pelos dois.

    Parece até que eles aprenderam com Jair Bolsonaro. Trata-se de um exemplo claro de como o ex-presidente se comporta nas redes sociais – ele é investigado por divulgar notícias falsas e manipuladas para ganhar a qualquer custo.

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