O maior vitorioso com a aprovação da reforma tributária é, obviamente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Ao contrário do seu antecessor – o bolsonarista Paulo Guedes – o petista acreditou desde o minuto 1 que o tema era importante, fundamental para o país.
O antigo posto Ipiranga apresentou uma proposta ruim, que envolvia apenas dois impostos federais e ignorava o resto – numa ideia desleixada de “façam vocês aí no Congresso a reforma”.
Obviamente, sem a articulação do governo, não deu certo.
Assim como não deu certo na constituinte, no governo tucano – FHC fez uma proposta concreta que ficou pelo caminho – e nos primeiros governo Lula.
Por isso, Haddad tem muito o que comemorar com o presidente da República. Mas outros personagens políticos também podem fazer isso.
A proposta que deu certo foi apresentada pelo deputado Baleia Rossi, mas formulada por Bernard Appy, secretário durante o primeiro governo Lula. Os dois, assim como Haddad e Lula, também saíram vitoriosos. Mais discretos, mas tão vitoriosos quanto.
Se soma a essa fileira o presidente da Câmara, Arthur Lira, que mais uma vez provou ter uma influência enorme no plenário, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que novamente teve a noção do timing político, mudando sua opinião aos 45 minutos do segundo tempo. São Paulo, assim, não ficou com a pecha de ser o estado que inviabilizou a tão esperada reforma tributária.
E o derrotado, vocês podem estar perguntando? Esse tem nome e sobrenome: se chama Jair Bolsonaro…