À altura do golpismo declarado de Valdemar da Costa Neto e Jair Bolsonaro, a reação do ministro Alexandre de Moraes de bloquear o fundo partidário de partidos foi, mais uma vez, fundamental para o país.
Ao aplicar a multa de R$ 22 milhões, dizer que foi uma denunciação caluniosa e jogar a luz de que a contestação das eleições pelo PL era para alimentar atos antidemocráticos, Alexandre de Moraes conseguiu o mais importante recuo bolsonarista desde a vitória de Lula.
Primeiro os outros partidos da coligação do presidente da República – PP e Republicanos – começaram a dizer à imprensa que não concordavam com os ideais golpistas de Valdemar da Costa Neto. Depois, as legendas afirmaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que não endossavam a ação de contestação das eleições.
Foi a deixa que Alexandre de Moraes mais precisava para isolar o presidente do partido de Bolsonaro.
“Determino a exclusão de ambos os partidos políticos (PP e Republicanos) da presente ação […] mantendo-se a condenação por litigância em má-fé única e integralmente em relação ao Partido Liberal”.
É preciso lembrar que – ainda nesta semana – os protestos anti-democráticos e contrário à decisão das urnas continuaram nas estradas. Isso porque líderes como Valdemar e Bolsonaro mantém acesa a ideia de um 3º turno do pleito de 2022.
Um sendo o laranja do outro, que desapareceu da vida pública do país.
Em Sorriso, no Mato Grosso, aconteceu um fato nesta semana nada feliz. Um pai aparece desesperado tentando negociar com o grupo bolsonarista que bloquearam uma rodovia para o filho passar e fazer uma cirurgia para não ficar cego.
Esse é o Brasil em que lunáticos – que já fizeram SOS aos céus por ajuda extraterrestre – querem que as Forças Armadas deem o golpe e mantenham Jair Bolsonaro no poder, rasgando a Constituição.
Por outro lado, Alexandre de Moraes vem sendo efetivo em suas decisões e acuando a extrema-direita cada vez mais. Como lembrou VEJA nesta semana, com uma guinada formidável e um papel iluminista a Justiça tem conseguido fazer frente ao radicalismo político.