A nova falha de Lula com uma mulher símbolo no seu governo
Primeiro Ana Moser. Agora, Nísia Trindade

A oitava troca no governo Lula-3 deixou uma marca de descuido do presidente com os seus auxiliares mais próximos – os ministros de Estado de pastas fundamentais para o país como a da Saúde. Mas mais especificamente com as mulheres.
Fritada desde o ano passado, Nísia Trindade é uma profissional respeitada, com um currículo invejável e uma passagem marcante na presidência da Fundação Oswaldo Cruz, entre 2017 e 2022.
Interlocutores de Lula tentam agora criar a narrativa de que o presidente fez, na verdade, uma homenagem nesta terça, 25, com o evento no Palácio do Planalto que anunciou a primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. Seria um grand finale da gestão Nísia.
Balela!
Se esta for a narrativa encontrada para tentar desconstruir a forma negligente e desleixada do presidente com um símbolo da luta pela ciência, que é o que Nísia representa, algo está muito errado.
Primeiro porque já se trocou o ministro das Comunicações por Sidônio Palmeira e, em nenhum momento, construiu-se uma saída digna para a agora ex-ministra da Saúde. Ela foi fritada em praça pública.
Segundo que não é a primeira vez que Lula comente um vexame como este com uma mulher também símbolo de uma área em sua terceira gestão à frente do Palácio do Planalto.
Ana Moser, e o imponente currículo da jogadora de vôlei servindo o país, foi trocada ano passado por um André Fufuca, e tudo que ele não representa para o esporte brasileiro.
Na ocasião, escrevi na coluna: “se avaliarmos tanto pelo fato em si como pela forma desrespeitosa, é uma das decisões mais trágicas do governo Lula-3 em termos de simbologia”.
Parece ou não parece uma cena do vale a pena ver de novo, leitor? Está mais que comprovado que o terceiro governo Lula não aprende com os próprios erros.