Parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal está preocupada com a saída de Alexandre de Moraes e a entrada da ministra Cármen Lúcia na presidência do Tribunal Superior Eleitoral.
A preocupação não tem a ver com capacidade da ministra que, na avaliação desses mesmos colegas de toga, é descrita como uma das maiores juristas da história do Brasil.
A preocupação é com a manutenção da equipe de servidores e investigadores que fez de forma muito firme e competente o combate às fake news através do TSE, evitando que as notícias falsas influenciassem a última eleição presidencial na magnitude que aconteceu em 2018.
Esses magistrados são os mesmos que viam até algum excesso esporádico em decisões de Alexandre de Moraes, mas também tem uma visão de que, nos últimos anos, era necessária firmeza constante para evitar que as instituições fossem sequestradas por grupos extremistas.
Com toda a sua experiência, Cármem Lúcia chega na corte para presidir uma eleição municipal que tem caracteristicas próprias e extremamente complexas. São mais de 5 mil municípios com características próprias.
Ocorre que ela assume quando o Congresso manteve o veto do Bolsonaro à criminalizaçãp da disseminação de notícias falsas em massa. E quando a regulamentação das fake news em redes sociais foi engavetada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.
Agora será mais difícil a luta contra o inimigo invisível e poderoso, que é a mentira fabricada para distorcer as eleiçoes. É assim que esses ministros também explicam o temor com uma nova gestão.