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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

Brasil critica ação no Reino Unido, mas ignora vítimas de Mariana

AGU defende soberania, ataca processo na Inglaterra, mas acordo brasileiro exclui 400 mil atingidos e deixa vítimas sem reparação efetiva

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 jul 2025, 17h00

 

O governo federal anunciou na sexta-feira, 11, em Linhares (ES), a aplicação de recursos para do chamado Fundo Rio Doce, voltado para a reparação de danos causados pelo rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), em 2015.

Durante o evento, carregado de críticas feitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o advogado-geral da União, Jorge Messias, invocando o contexto de soberania nacional, questionou a ação judicial contra a mineradora BHP – empresa anglo-australiana – que tramita na Justiça do Reino Unido, movida por 620 mil vítimas do desastre. Messias disparou: “quem tem que resolver os problemas dos brasileiros são os próprios brasileiros”.

A frase omite parte essencial dos fatos: o acordo deixou de fora mais de 400 mil atingidos e um quinto dos municípios afetados que fazem parte da ação inglesa. A exclusão de milhares de vítimas foi confirmada pela própria mineradora BHP, que, em comunicado a seus acionistas, admitiu que a maioria dos atingidos não está contemplada no acordo brasileiro.

Isso porque a elegibilidade para os programas da repactuação depende de critérios como idade na época do desastre, local de residência dos atingidos, profissão e provas sobre suas perdas. Com isso, ficaram de fora centenas de milhares de pessoas, comunidades tradicionais que tiveram suas terras contaminadas e até parentes de trabalhadores mortos na tragédia, que não poderiam aderir ao acordo brasileiro mesmo que quisessem.

Uma ação penal movida no Brasil à época do acontecido foi encerrada no ano passado sem condenações. E neste hiato temporal, muitas vítimas ainda aguardam reassentamento, compensações dignas e acesso a seus direitos. Sendo assim, sem reparação ou responsabilização, coube aos excluídos buscarem no exterior o que não lhes foi assegurado em casa.

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