
Os sinais de fraqueza de Lula foram vistos novamente nesta semana no Congresso, tanto no pedido de urgência do projeto de decreto legislativo para derrubar o pacote do IOF quanto na derrubada dos vetos na área de energia.
Outras pautas contrárias ao governo foram aprovadas por uma larga margem. A CPMI do INSS é uma delas. A oposição está conseguindo, em votações que exigem maioria simples, números mais do que necessários para aprovar até mesmo emendas constitucionais.
Falta articulação política, mas não é só esse o problema. O que a oposição e parte da gelatinosa base do governo estão querendo é mandar sinais para a disputa presidencial do ano que vem.
No meio desse embate há ainda outro problema. A oposição vai aumentar a conta de luz, obrigando o governo a contratar fontes mais caras — e, quando a energia subir, logicamente vai culpar o governo.
Em relação à Comissão Parlamentar de Inquérito do INSS, a abertura da investigação no Congresso coloca o governo na defensiva, apesar de o esquema ter existido no governo anterior e ter sido exposto na atual gestão.
Seja como for, as votações desta semana mostraram um governo ainda mais fraco do que se sabia.