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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Everaldo e Witzel estiveram juntos a Bolsonaro em passado recente

Pastor batizou o presidente no rio Jordão e, o agora governador afastado do Rio, foi eleito na onda bolsonarista 

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 set 2020, 11h45 - Publicado em 28 ago 2020, 08h39
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  • Um dos principais alvos da operação contra desvios em contratos da Saúde no Rio de Janeiro, Pastor Everaldo foi aliado próximo de Jair Bolsonaro e fez o batismo do presidente no rio Jordão, em Israel, quando ele, católico, percebeu que se aproximar do segmento evangélico poderia render importantes dividendos políticos.

    Um vídeo que circula na internet desde 2016 mostra Bolsonaro vestido com uma túnica branca, enquanto Pastor Everaldo, preso nesta sexta, 28, pela Polícia Federal, faz as perguntas comuns das cerimônias de batismos cristão-evangélicos, como por exemplo se a pessoa acredita que Jesus, batizado no mesmo rio, é verdadeiramente o filho de Deus.

    Na época do batismo em Israel, Bolsonaro era filiado ao PSC, partido liderado por Pastor Everaldo, e chegou a ser lançado como pré-candidato à presidência. Em 2017, contudo, os dois se afastaram e Bolsonaro deixou a legenda, seguindo para o PSL, nona agremiação do político-camaleão, e na qual acabou eleito presidente da República.

    No ano seguinte, contudo, em 2018, Pastor Everaldo, já órfão de Bolsonaro, foi o responsável por abrir as portas do PSC ao agora governador afastado Wilson Witzel, como lembrou Veja, quando o então candidato e ex-juiz federal registrava apenas 1% nas pesquisas de intenções de votos.

    O que há de comum entre Bolsonaro e Witzel é que os dois foram eleitos na onda do discurso de combate à corrupção e de enaltecimento das armas. Alçado ao cargo mais importantes do estado fluminense neste forte movimento bolsonarista, o governador afastado disse à época, num tom à moda da família presidencial, que resolveria a violência do Rio de Janeiro com “tiro na cabecinha” de bandidos. Hoje inimigo dos dois, o desejo maior de Bolsonaro é manter distância dos ex-aliados.

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