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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Ex-secretário investigado por extração de madeira tenta destruir celular

Responsável por área de Meio Ambiente em município do Pará joga aparelho no vaso durante buscas em megaoperação contra esquema ilegal de extração madeira

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jul 2020, 11h20 - Publicado em 29 jul 2020, 09h16
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  • Operação Carranca, deflagrada pela da Polícia Federal nesta quarta-feira, 29, para reprimir a exploração ilegal de madeira no estado do Pará, levou um dos investigados a jogar o celular no vaso sanitário (veja foto acima) durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão. Trata-se do ex-secretário municipal de Meio Ambiente do município de Uruará, no interior do estado. A PF vai tentar recuperar os dados do aparelho.

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    Na avaliação de investigadores com acesso ao caso, a Operação Carranca desarticula toda a cadeia criminosa, desde a extração, passando pelo transporte e registro irregular, chegando até a comercialização da madeira ilegal.

    Segundo a PF informou, a investigação teve início no primeiro semestre de 2016, a partir de denúncias da extração ilegal de madeira no município de Brasil Novo. Depois, as apurações avançaram mostrando que o esquema também acontecia em Medicilândia e em Uruará.

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    A investigações revelam que o grupo criminoso era dividido em quatro núcleos. O primeiro é o dos madeireiros que atuam na linha de frente da extração ilegal de madeira nos três municípios. O segundo é dos madeireiros que financiam uma grande cadeia de serragem e o início da distribuição de madeira ilegal.

    O terceiro está ligado aos servidores públicos das Secretarias municipais de Meio Ambiente, como o que jogou o celular na privada, que eram beneficiados. O quarto é composto por servidores públicos e policiais que realizavam fiscalização ilegal na rodovia Transamazônica, cobrando vantagem indevida dos caminhoneiros como condição para prosseguirem viagem.

    A PF informou que estão sendo cumpridas, ao todo, 60 medidas cautelares, entre elas, sete mandados de afastamento do emprego ou função pública, quatro de suspensão da atividade de natureza econômica, sete de sequestro de bens e 28 de busca e apreensão.

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