Ministros do STF apontam vergonha inédita para Bolsonaro no caso Mendonça
Fato do atraso na sabatina não passa pelo fato de ele ser evangélico, mas por rusgas entre o Senado e o presidente, avaliam magistrados
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam, nos bastidores, que o governo Jair Bolsonaro está sendo envergonhado de forma inédita no Congresso Nacional com o atraso na sabatina do novo indicado do presidente para a corte: o pastor André Mendonça.
Aliás, o fato de ele ser evangélico não é visto como problema algum entre os magistrados da Suprema Corte – os próprios ministros lembram, em conversas reservadas, que colegas de toga que professavam as mais diversas fés já sentaram nas cadeiras do STF.
Na avaliação dos mesmos magistrados, o fato do atraso da sabatina estar acontecendo de forma tão prolongada tem a ver com rusgas entre Bolsonaro e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre, e até com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que tem se afastado do governo ao contrário de seu colega Arthur Lira, presidente da Câmara.