Diferentemente da FSB, a pesquisa Ipec – divulgada na noite desta segunda, 12, no Jornal Nacional – traz uma série de boas notícias para Lula, que recebeu hoje o apoio de Marina Silva, mais uma liderança que se junta à longa lista de seguidores do petista.
O levantamento Ipec, que herdou a metodologia do antigo Ibope, revelou que o ex-presidente cresceu dois pontos percentuais em sete dias, enquanto Jair Bolsonaro permaneceu com 31% dos votos, mesmo após os atos de 7 de Setembro.
A pesquisa ouviu 2.512 pessoas em 158 municípios – de forma presencial – após as comemorações dos 200 anos da Independência, data cívica sequestrada pelo atual presidente para atos de campanha.
Também em movimento contrário ao do levantamento FSB, que faz a pesquisa por telefone, o Ipec registrou um aumento da desaprovação do governo Bolsonaro, que subiu de 57% para 59%. O líder da extrema-direita ainda viu a aprovação da sua gestão cair três pontos percentuais, de 38% para 35%.
O número de brasileiros que considera a administração do atual presidente ruim ou péssima também subiu de 43% para 45%.
As notícias desfavoráveis a Bolsonaro não param por aí.
De acordo com o Ipec, enquanto 86% dos eleitores esquerdistas dizem que a escolha em Lula é definitiva e 84% dos direitistas afirmam o mesmo sobre Bolsonaro, mais da metade (52%) dos eleitores de Ciro Gomes acreditam que ainda podem mudar de voto.
Como mostram todas as pesquisas, a maioria dos ciristas que porventura mudarem a opção no candidato do PDT… tendem a escolher Lula, o que pode ser a identificação do voto útil no petista ainda no primeiro turno.
A exatos 20 dias das eleições – e com o clima de tensão no ar diante da violência deste 2022 -, os devotos das pesquisas olho no olho, e defensores de que elas são mais precisas que as realizadas pelo telefone, começaram de novo a acreditar em um desfecho na primeira etapa do pleito.
Isso, após duas semanas com levantamentos que mostravam uma recuperação lenta, mas constante de Jair Bolsonaro.