Nova pesquisa mostra que Justiça depende cada vez mais da Internet
Estudo é da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da UnB
O acesso à Justiça depende, cada vez mais, da qualidade do acesso e da conexão à internet. Essa é a opinião de 96% dos juízes que participaram de uma pesquisa da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da Universidade de Brasília (UnB) sobre o uso de novas tecnologias pelo Judiciário. O estudo ouviu 1.859 juízes de 8 de fevereiro a 8 de março.
Os dados revelam que 70% dos magistrados concordam que “falta informação à população sobre os possíveis usos da rede digital para acessar a Justiça”. Outros 70% consideram que “falta domínio de ferramentas tecnológicas pelos usuários do sistema de Justiça”. Apesar da deficiência, 76% dos juízes avaliam que o Judiciário “está apto a prover informações necessárias ao acesso à justiça virtual”.
“Durante a pandemia, o processo de transformação digital se acelerou. Precisamos agora fazer com que os cidadãos possam desfrutar plenamente desse avanço”, avalia a presidente da AMB, Renata Gil, sobre os resultados do estudo.
A pesquisa “O exercício da jurisdição e a utilização de novas tecnologias de informação e de comunicação” foi realizada pelo Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ) da AMB em conjunto com o Laboratório de Acesso à Justiça e Desigualdade da Faculdade de Direito da UnB e o Colégio Latino-Americano de Estudos Mundiais da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO/Brasil).