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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

Nova pesquisa Ipespe traz o maior presente para a campanha de Bolsonaro

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 abr 2022, 09h59 - Publicado em 6 abr 2022, 12h09

A pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta quarta, 6, confirma a tendência de crescimento que o presidente Jair Bolsonaro vem mostrando nas últimas semanas.

A avaliação do governo melhorou: 29% dos entrevistados consideram o governo ótimo/bom. Em março, esse número era de 26%. Por outro lado, o número de pessoas que consideram a gestão regular caiu de 19% para 15%. Os que avaliam o governo como ruim/péssimo permaneceram com o mesmo índice: 54%.

Outro dado positivo: a aprovação ao governo subiu. Em março, 31% aprovavam o governo. Agora, são 33%. A desaprovação diminuiu de 65% para 63%.

Aos poucos, o presidente vai conseguindo ganhar alguns pontos importantes e deve estar deixando seus adversários preocupados. Considerando que ainda faltam quase quatro meses para a disputa, se a trajetória de crescimento continuar, Bolsonaro já está representando muito mais perigo do que seus opositores imaginaram.

O cientista político Antônio Lavareda, do Ipespe, ainda chama atenção para outras duas conclusões importantes da pesquisa divulgada hoje. Para ele, a saída de Moro “foi o maior presente, até o momento, à pré-campanha de Bolsonaro”.

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O presidente ganhou dois pontos na pesquisa espontânea e quatro pontos na pesquisa estimulada. “Há muito não se via nas intenções de voto do primeiro turno um movimento tão vigoroso em intervalo tão curto”, aponta Lavareda.

Na intenção de voto espontânea, Bolsonaro cresceu de 25% para 27%, enquanto Lula permanece com 36% dos votos. Na intenção de voto estimulada, o atual presidente avançou de 26% para 30% das intenções de voto. O petista manteve os 44% que já tinha em março.

Na simulação de segundo turno, mais um alerta para Lula: o petista perdeu pontos, de 54% para 53%, e Bolsonaro ganhou pontos, de 31% para 33%.

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Outro ponto importante enfatizado por Lavareda foi a resposta dos entrevistados avaliando que Lula (46%), Bolsonaro (22%) e Fernando Henrique Cardoso (15%) foram os melhores presidentes do país até o momento.

Apesar da grande perda de popularidade que sofreu após o início da pandemia, uma parcela significativa da população ainda coloca Bolsonaro entre os melhores presidentes. Por outro lado, Bolsonaro também é o topo da lista de “pior presidente”, com 40% dos votos, seguido por Dilma (21%) e por Lula (14%).

Como esta coluna já havia mostrado, Bolsonaro vem desenhando um cenário favorável em relação a pesquisas de outras fontes também. Em março, por exemplo, conseguiu dois pontos importantes no levantamento Genial/Quaest.

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Com o ex-juiz cada vez mais queimado, o atual presidente pode tentar garantir mais votos de eleitores mais à direita do espectro político e que estejam decepcionados com a inconstância de Moro.

As provas de que Bolsonaro resiste continuam.

O presidente está conseguindo, aos poucos, recuperar a avaliação do governo, ganhar votos e melhorar a percepção dos brasileiros em relação à economia do país.

Lula precisa abrir o olho e, os que sonham em ser a terceira via, correr. De grão em grão, a galinha enche o papo. De ponto em ponto, Bolsonaro pode estar construindo sua chance de se manter no poder.

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