Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

O erro e o estranho detalhe no luto de Bolsonaro por Olavo

Presidente confunde o pesar dele com o do país, comete equívoco e mostra mais uma vez não entender o papel da presidência

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jan 2022, 11h51 - Publicado em 26 jan 2022, 11h49

Ao decretar luto oficial de um dia pelo escritor Olavo de Carvalho, o presidente Jair Bolsonaro mais uma vez demonstra nao ter entendido até hoje, mais de três anos depois, o que é o papel do presidente.

Ele acha que o seu sentimento é o do país, e acha que luto oficial – ou declarações publicas de pesar – são apenas quando ele sente.

A lista das grandes personalidades que o Brasil perdeu nos últimos anos é enorme. Em nenhum delas o presidente se manifestou.

Do inventor da Bossa Nova, João Gilberto, à mulher que atravessou quase sete décadas brilhando na arte brasileira, Elza Soares.

Do grande compositor Aldyr Blanc à maravilhosa atriz Nicete Bruno.

Continua após a publicidade

Pessoas que marcaram a vida do país como a sambista Beth Carvalho, a atriz Bibi Ferreira ou atriz Eva Wilma…. sambistas como Nelson Sargento e Monarco.

O Brasil sentiu, chorou e a presidência se calou.

Uma das raras manifestações de pesar veio após a morte do pouco conhecido, culturalmente irrelevante e agressor de mulher MC Reaça. Só porque ele havia apoiado Bolsonaro na campanha.

Continua após a publicidade

Até os seus ex-aliados ele ignorou, como o senador Major Olímpio, ou o seu ex-chefe de campanha e ex-ministro Gustavo Bebbiano.

O critério de Bolsonaro é pessoal. Se ele gosta, ele lamenta.

Isso é normal quando não se exerce cargo público, mas a presidência é uma representação do país, tem que refletir o pensamento coletivo.

Continua após a publicidade

O país chora seus mortos sozinho, e o presidente usa o cargo para selecionar aqueles que deve homenagear.

Outra coisa esquisita é que normalmente são três dias de luto, e ele decretou apenas um dia. Um estranho detalhe no caso. A lei abre a possibilidade de um porque diz que o governo poderá decretar “até três dias” de luto “no caso de falecimento de autoridades civis ou militares”.

Segundo informado à coluna, existe já um consenso na administração pública de que se faça por três dias ou sete dias, se a autoridade tiver prestado serviços notáveis e relevantes.

Mas o que houve de mais grave nesses tempos é que o Brasil enterrou mais de 600 mil pessoas vitimadas pela Covid enquanto Bolsonaro perguntava “e daí?”, ou dizia não ser “coveiro”, ou afirmava “que todos morrerão”…

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.