Milagres acontecem quando a vida quer muito. Confesso que já acreditei piamente na existência deles, mas, ao longo dos últimos anos, fui perdendo essa força que só a fé nos traz.
A emocionante história de quatro crianças sobreviventes de uma queda de avião – perdidas por 40 dias na selva colombiana – me fez, contudo, olhar para o tempo em que era bem mais fácil acreditar no impossível.
Ah, o impossível… sempre mexeu comigo.
Até por isso, comemorei muito ao lado do meu filho Daniel, de 13 anos, a notícia de que uma menina da idade dele cuidou de três irmãos mais novos, uma delas de apenas 11 meses. Tudo em meio aos perigos de uma selva.
Impossível? Pois é.
Em mim, gerou o efeito de choro incontrolável e pensamento em outra palavra: milagre.
No dicionário, ela significa “qualquer indicação da participação divina na vida humana” ou “ato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais”. Na Bíblia, a fé “é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”.
Queria muito que outros milagres acontecessem rapidamente no Brasil, mas isso é assunto para outra coluna. Hoje só quero me emocionar com a certeza – mesmo que momentaneamente – de que eles, sim, existem.
Obrigado, Lesly Jacobo Bonbaire, Solecni Ranoque Mucutuy, Tien Noriel Ronoque Mucutuy e Cristian Neryman Ranoque Mucutuy.