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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O negacionismo de Hamilton Mourão sobre o 8 de Janeiro e as Forças Armadas

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 20h10 - Publicado em 11 nov 2023, 10h30
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  • O senador Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro entre 2018 e 2022, resolveu expor uma visão totalmente negacionista sobre 8 de Janeiro e o papel das Forças Armadas em entrevista à jornalista Thaísa Oliveira, publicada neste sábado, 11.

    Não que chegue a ser uma surpresa vindo de um político que define Carlos Alberto Brilhante Ustra como herói, mas é assustador que, diante dos terríveis capítulos dos últimos anos, o general da reserva mantenha uma narrativa irreal.

    Para Hamilton Mourão, golpistas do 8 de janeiro deveriam ser beneficiados com uma anistia ampla e irrestrita porque “não mataram ninguém” – o que fizeram foi apenas “dano material”.  

    Mas ele não para por aí.

    De acordo com o senador, alguns dos golpistas que destruíram as sedes dos Três Poderes eram apenas “passageiros da agonia nesse filme”, não foram responsáveis por “vandalismo” e deveriam ser julgados na primeira instância.

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    Ou seja, estão sendo injustiçados.

    Na entrevista, o político ainda afirmou que existe “um certo preconceito em relação às Forças Armadas” em uma parcela da sociedade. E que a “desconfiança” do presidente Lula em relação ao Exército, Marinha e Aeronáutica ajuda nisso.

    “Existe no segmento mais esclarecido da sociedade, ou pseudo-esclarecido, um certo preconceito em relação às Forças Armadas. […] A própria questão da desconfiança do presidente em relação aos comandantes. Não era para ter desconfiança”, disse.

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    O senador ainda afirmou que “os militares não estão na política” e, para completar, diminuiu a importância da minuta do golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, dizendo que “isso não existe”.

    É ou não é o negacionismo em relação ao Brasil dos últimos anos?

    PS – Mourão acredita que, se fosse o vice de Bolsonaro em 2022 no lugar de Braga Netto, o líder da extrema-direita teria ganhado a eleição. Sobrou até pro colega de farda.

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