A atriz, produtora e empresária Paula Lavigne denunciou mais um movimento “pesado” das Big Techs sobre o direito de remuneração de artistas, autores, produtores, jornalistas e empresas jornalísticas no ambiente digital.
Em meio à interminável discussão no Congresso sobre como poderá ser realizada essa remuneração pelo uso de seus textos, vídeos, áudios e imagens nas redes e plataformas digitais, Lavigne viu suas postagens sobre o tema – que tentam esclarecer a sociedade – terem alcance infinitamente menor do que o normal.
“Foi eu postar a matéria da CNN Brasil sobre os principais pontos de nossa reivindicação que o alcance orgânico foi ZERO. Isso mesmo. De maneira inédita, praticamente nulo o alcance do post”, disse ela em suas contas nas redes sociais.
À coluna, Paula Lavigne disse que “o maior ataque deles é restringir o nosso alcance. Fiz um post e, se você for ver, tem a classe artística em peso. E o que as redes sociais fizeram? Bloquearam o alcance”.
De fato, a publicação de Paula Lavigne sobre a questão tem interações em série de fenômenos artísticos. De Anitta a Baco Exu do Blues. De Emecida a Luisa Sonza. De Zélia Duncan a Elizabeth Savalla.
Mas, surpreendentemente, o post não teve o engajamento natural. Nem de longe.
Não é primeira vez que isso acontece quando o tema de postagens vão contra o desejo das Big Techs. A coluna já percebeu o mesmo em relação a publicações que critiquem o comportamento das redes sociais nessa disputa.
Como se sabe, artistas, atores, músicos, produtores culturais e criadores de conteúdo da internet em geral iniciaram um movimento legítimo pelo pagamento de direitos autorais por obras reproduzidos nas redes. São inúmeras as dificuldades para receber a remuneração com conteúdos que são utilizados para dar lucro às Big Techs.
Até agora, o jogo tem sido jogado de forma covarde por essas empresas de tecnologia.