Impactando negativamente a relação entre o executivo e o legislativo, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de carimbar a inconstitucionalidade do orçamento secreto foi a maior derrota do centrão desde que os partidos se organizaram como força política.
Mais do que isso: é também o pior revés não só do centrão, mas do centrão de Arthur Lira.
O presidente da Câmara jurava de pé junto que continuaria como mandachuva em Brasília – mesmo mudando o governante, mesmo após a derrota de Bolsonaro – porque tinha as emendas do relator na mão.
Quem anda pelos bastidores do Congresso sempre conta que Lira batia no peito para dizer que, com o orçamento em mãos, ele manteria a fidelidade do Congresso.
Sim, manteria.
Agora – com a decisão do STF na qual o presidente da Câmara vê a digital de Lula – o centrão e o próprio Lira terão que se organizar em outras bases.
A ver quem será de fato o mandachuva a partir do dia 1º de janeiro.