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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O que pode diminuir o número de candidatas femininas, segundo Cármen Lúcia

De acordo com a presidente do TSE, os discursos de ódio não permitem a plenitude da democracia brasileira

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 jun 2024, 14h42
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  • A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, afirmou, nesta quinta-feira, 13, que os discursos de ódio podem levar a uma diminuição no número de candidatas femininas nas próximas eleições. O alerta foi feito durante a palestra de encerramento do “Congresso Conamp Mulher”, promovido pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), com o tema Democracia Sob Perspectiva de Gênero.

    “O caso do discurso de ódio que é contra a mulher e vocaliza no caso brasileiro, não adianta a gente passar a régua e achar que o discurso de ódio não tem impacto”, afirmou Cármen.

    No evento, a magistrada abordou a baixa representatividade das mulheres nos cargos eletivos, apesar de constituírem 53% do eleitorado. “Em 853 municípios, 333 não têm nenhuma mulher nas câmaras municipais, e temos apenas uma mulher prefeita negra nos 853 municípios.”

    Como caminho para a solução do problema, Cármen Lúcia enfatizou a importância de uma educação que promova a cidadania e a inclusão social. Ela mencionou que as preocupações dos brasileiros com segurança, trabalho, saúde e educação seriam melhor atendidas em uma democracia sólida. “A democracia é o primeiro dos direitos fundamentais. Precisamos construir uma sociedade onde todos possam exercer plenamente suas liberdades e direitos.”

    Cármen Lúcia também refletiu sobre a importância da solidariedade na construção de uma sociedade justa. Ela mencionou que a Constituição estabelece o princípio da solidariedade, e que este deve ser um objetivo coletivo. “Como é que você vai ser solidário com alguém que você acha que é um estranho, que até parece gente, é quase gente, não é como nós?”, questionou.

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