O risco de uma greve de caminhoneiros por causa do aumento no preço dos combustíveis é real e assombra o governo Bolsonaro em ano eleitoral.
Como a coluna mostrou, o atual governo e o PT se uniram para aprovar projetos que tentam frear os preços, mas as medidas não têm efeito imediato.
Vai levar um tempo para que essas propostas realmente impactem o preço do diesel e, enquanto isso, cresce a insatisfação de quem depende do transporte de cargas para sobreviver.
O governo teria que negociar com líderes dos caminhoneiros, mas a categoria está cada vez mais rachada. Não é possível saber se haverá uma greve nos próximos dias, mas o risco existe e Bolsonaro precisa lidar com isso.
As propostas aprovadas no Congresso foram uma iniciativa do PT, mostrando a inércia da atual gestão e a incapacidade de propor soluções para o tema.
A ideia de oferecer subsídio, como o governo já sugeriu, seria ineficaz, já que 70% do transporte de cargas no país é feito por empresas, que não precisam de auxílio do governo.
Quem está precisando realmente de ajuda é o caminhoneiro autônomo, que está sentindo no bolso o aumento do combustível.
Muitos desses trabalhadores votaram em Bolsonaro e defenderam o presidente no passado e agora esperam uma atitude mais acertava para resolver a questão. É o que me contaram e estou contando para vocês.