O novo comportamento – ou nova roupagem, vá lá – dos líderes da extrema direita europeia está sendo analisado com lupa pelos nomes de destaque do bolsonarismo no Brasil, após o crescimento de partidos com essa ideologia na eleição para o parlamento europeu.
Quem acompanha a política de alguns países sabe do que estou falando. O teatro da moderação da extrema direita na Itália e na França, por exemplo, será copiado pelo bolsonarismo para apresentar forças políticas em 2026, inclusive para a disputa presidencial.
De certa forma, isso já está sendo feito por Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, e Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher e ex-primeira-dama do Brasil. Mas isso tende a aumentar muito, segundo apurou a coluna.
E que comportamentos são esses?
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, não grita como Jair Bolsonaro. Nunca levanta a voz, ou raramente faz isso, mas o programa político dela é muito próximo daquele da extrema direita brasileira.
Jordan Bardella, o político de 28 anos da extrema direita francesa, não faz declarações grotescas sobre minorias, tampouco quer só lacrar na internet como expoentes do bolsonarismo.
Bardella está sempre com o terno impecável, tenta se apresentar como alguém distinto e até humilde, não na aparência, mas na fala… em todas suas declarações.
Quem não lembra de Marine Le Pen, a líder mais experimentada na França, dizendo que Bolsonaro fala coisas inaceitáveis? Todavia, o programa de governo divulgado em sua última campanha tem a mesma formatação bolsonarista.
Entendeu, leitor, o que deve acontecer no Brasil nos próximos anos? Vem aí o bolsonarismo moderado, algo que não existe, sendo criado, maquiado e apresentado a você…