As ausências de Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e José Luiz Datena no debate promovido por VEJA, em parceria com a ESPM, foi um triplo tiro no pé, além de um golpe contra a cidade de São Paulo que eles prometeram governar.
Fugir do encontro, que teve apoio do instituto Paraná Pesquisas e da Bonini Guedes Advocacia, para evitar cortes produzidos por Pablo Marçal nas redes sociais, como aconteceu em debates anteriores, gerou outros problemas para os três nessas plataformas. Agora, elas serão usadas para carimbá-los com a pecha de “consórcio dos fujões”.
Enquanto o debate estava no ar nesta segunda, 19, a campanha contra os três já havia começado. A ideia é tentar “denunciar” o acerto à surdina neste domingo, 18, entre Nunes, Boulos e Datena, para eles não ficarem frente a frente com Marçal, Tabata Amaral e Marina Helena.
É importante ressaltar que tanto o prefeito de São Paulo quanto o deputado federal e o apresentador oficializaram a ida ao debate, mas na última hora usaram a desculpa de que Marçal quer fazer do evento um picadeiro para não estarem presentes.
Sinceramente, leitor: cadeira vazia em debate não é a melhor forma de enfrentar a forma destrambelhada como Marçal tem se comportado, fugindo da forma convencional da política.
O empresário é um daqueles fenômenos ocos. Não tem programa, não tem ideia, mas vira esse fenômeno porque sabe lacrar nas redes sociais. Por isso mesmo é preciso entrevistá-lo e debater com ele. Do contrário, ele ganha por WO, mesmo que neste debate a maior vencedora no campo das ideias tenha sido Tabata Amaral.
Marçal ameaça mais Ricardo Nunes devido ao eleitorado bolsonarista, mas com a fuga dos outros dois nomes da disputa isso pode se transformar em um efeito dominó nas peças da política paulistana.