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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Uma vitória de Lula para o país, e mais uma derrota de Bolsonaro

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 Maio 2024, 00h08 - Publicado em 23 jul 2023, 09h45
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  • Desfazer irresponsabilidades de Jair Bolsonaro pode-se transformar, no futuro, em um dos maiores legados de Lula 3. E o atual presidente sabe disso.

    Deste modo, o novo decreto sobre o controle de armas no Brasil, além de um avanço enorme contra o ideário bolsonarista, foi definido pelo petista como um ato de “responsabilidade”.

    E é! O petista tem razão.

    Reduzir enormemente a quantidade de armas e munições nas mãos de civis, de caçadores, de atiradores e de colecionadores foi um passo fundamental neste sentido.

    Os CACs estavam virando duas coisas: fornecedores de armas para o crime organizado, como a imprensa mostrou várias vezes, e formação de um grupo armado com ideais políticos da extrema-direita. Fingiam ser colecionadores e atiradores esportivos e estavam virando, na verdade, uma falange de apoio ao bolsonarismo.

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    O decreto tem outros importantes progressos, como o de limitar o funcionamento de clube de tiros, impedir que eles funcionem à noite, proibir o trânsito com armas municiadas.

    Além disso, migrou-se o controle de armas do Exército para a Polícia Federal (Será mesmo que esse era o papel das Forças Armadas? Mas isso não vem ao caso).

    Nos bastidores do governo Lula, a ideia é não só a de construir uma narrativa política contra o bolsonarismo – hoje o principal adversário do PT – mas também o de sensibilizar a população para o perigo de muitas armas nas ruas.

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    Não é uma construção com raciocínio fácil de se fazer em um país como o Brasil, que teve 47 mil mortes violentas em todo o país em 2022 – uma média altíssima de mais de 110 vítimas por dia.

    Lula acredita, entre outras coisas, que o excessivo número de revólveres e espingardas mantém esse horror, e que as forças de segurança do Estado têm que estar armadas para proteger a população.

    Bolsonaro diz que, com uma arma, – você, leitor – pode se proteger desse tipo de violência. Chegou a afirmar que queria “escancarar” o uso de armas no Brasil (isso, naquela famosa reunião ministerial) mas nunca teve de fato uma política de segurança.

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    Lula quer isso, uma política de segurança. Tanto que baixou diretrizes especiais para a Amazônia, onde a violência está crescendo enquanto os crimes ambientais estão se unindo ao tráfico de drogas.

    Combater isso é defender a segurança nacional. Se ele vai conseguir, não se sabe ainda. Só entenderemos ao fim do mandato do petista.

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