Laurentino Gomes e Gullar levam os principais Jabutis
O jornalista Laurentino Gomes, autor de ‘1808’ e ‘1822’ Não foi de surpresas a noite da 53ª edição do Prêmio Jabuti, a mais prestigiada disputa literária do país. Além da entrega dos troféus aos 87 ganhadores já previamente anunciados – os três primeiros colocados nas 29 categorias da competição -, a cerimônia de premiação contou […]

Não foi de surpresas a noite da 53ª edição do Prêmio Jabuti, a mais prestigiada disputa literária do país. Além da entrega dos troféus aos 87 ganhadores já previamente anunciados – os três primeiros colocados nas 29 categorias da competição -, a cerimônia de premiação contou com o anúncio dos grandes vencedores do ano: os livros de ficção e não-ficção de 2011, cujos autores voltaram para casa 30.000 reais mais ricos. Ainda que se pudesse pensar por exemplo no nome da escritora Ruth Rocha, primeira colocada na categoria Didáticos e Paradidáticos com a coleção Pessoinhas, não causou espanto ver Ferreira Gullar, vencedor de Poesia com o seu Em Alguma Parte Alguma (José Olympio), levar o prêmio de Livro de Ficção do Ano. Nem ver Laurentino Gomes, primeiro em Reportagem, sair da festa como autor de não-ficção com o histórico 1822 (Nova Fronteira).
No mais, o evento pareceu seguir um script delineado. Boa parte do público, que chegou a partir das 19h à Sala São Paulo, no centro da capital paulista, e se apertou especialmente junto às poucas mesas de comes e bebes, conversou durante boa parte da corrida entrega dos troféus. E, à medida que eram anunciadas os ganhadores das categorias, dos quais só o primeiro lugar levava prêmio em dinheiro, de 3.000 reais, o local se esvaziava. Discursos, foram poucos, com destaque para os iniciais — do curador José Luiz Goldfarb e de Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), que realiza a premiação — e para os finais, dos principais laureados da noite.
Ao agradecer seu troféu, Laurentino Gomes lembrou a importância da história para a construção de um país. Já Ferreira Gullar soltou um de seus próprios clichês. “A poesia existe porque a vida não basta”, disse, repetindo uma frase que adora usar. Até o apresentador da festa, o global Pedro Bial, seguiu direitinho o roteiro e represou sua veia lírica, negando à plateia as brincadeiras com que costuma brindar o público do Big Brother Brasil. Uma pena. Poderia ser mais divertido.
Maria Carolina Maia