Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

VEJA Meus Livros

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Um presente para quem ama os livros, e não sai da internet.
Continua após publicidade

Smartphones e leitura – combinação que está dando certo

'O futuro da leitura digital está nos celulares', disse ao 'Wall Street Journal' a editora Judith Curr, da Atria Books, selo da editora americana Simon & Schuster

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 00h40 - Publicado em 20 ago 2015, 17h39
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Pesquisa da Nielsen realizada com 2 000 pessoas em dezembro passado constatou que 54% dos compradores de e-books usam seus smartphones para ler pelo menos em algum momento (Crédito: Brendon Thorne/Getty Images)

    Pesquisa da Nielsen realizada com 2 000 pessoas em dezembro constatou que 54% dos compradores de e-books usam seus smartphones para ler ao menos em algum momento (Crédito: Brendon Thorne/Getty Images)

    Desde que os primeiros leitores digitais foram introduzidos no mercado editorial, nos anos 1990, o universo da leitura vem sofrendo sensíveis mudanças. Enquanto algumas pessoas passaram a temer pelo futuro do livro impresso, outras viram na novidade diversas vantagens, como poder carregar vários volumes ao mesmo tempo, sem se preocupar com o peso extra. Mas, como mostra uma reportagem do jornal americano The Wall Street Journal, ao contrário das primeiras previsões sobre hábitos de leitura, não são os e-readers especializados, como o Kindle, da Amazon, ou os tablets como o iPad, da Apple, que vão comandar a leitura digital. E, sim, os smartphones.

    Continua após a publicidade

    Leia também:
    Scribd, o “Netflix dos livros”, e a segunda onda dos e-books
    A arrancada dos e-books no Brasil

    Por enquanto, os tablets e os e-readers ainda são as plataformas mais populares para leitura de livros digitais: segundo a Nielsen, a porcentagem de compradores de e-books que liam prioritariamente em tablets era de 41% no primeiro trimestre de 2015, comparado a 30% no mesmo período de 2012. Mas esse número pode mudar, como indica outra pesquisa da Nielsen realizada com 2 000 pessoas em dezembro passado, que constatou que 54% dos compradores de e-books usam seus smartphones para ler pelo menos em algum momento. O número de pessoas que lê prioritariamente em celulares saltou de 9% no primeiro trimestre de 2012 para 14% no mesmo período de 2015.

    Enquanto isso, aqueles que leem obras digitais principalmente em e-readers especializados passaram de 50% em 2012 para 32% em 2015. Mesmo a leitura preferencial em tablets apresentou queda, ainda que tímida, de 44% do total de adeptos do digital, no primeiro trimestre de 2014, para 41% no mesmo período de 2015. “O futuro da leitura digital está nos celulares”, disse ao Wall Street Journal a editora Judith Curr, da Atria Books, selo da editora americana Simon & Schuster.

    Continua após a publicidade

    A conveniência é uma das principais razões para o aumento da leitura em smartphones. Em uma fila ou na espera pelo transporte público, por exemplo, é possível que uma pessoa não tenha um livro impresso, um e-reader ou um tablet – mas as chances de ela ter um celular são consideráveis. Nos Estados Unidos, 64% dos adultos possuem um smartphone, segundo pesquisa do Pew Research Center, número que vai crescer para 80,8% da população americana em 2019, de acordo com projeção da empresa Forrester Research. No Brasil, os smartphones eram responsáveis por 32,4% do total de conexões móveis em 2014, segundo pesquisa da GSM Association, que projeta que esse número salte para 72,2% em 2020.

    A evolução dos smartphones, com telas maiores e mais nítidas, também está entre os motivos da sua adoção para a leitura, segundo o jornal. Desde que o iPhone 6 e o iPhone 6 Plus foram lançados, em setembro de 2014, por exemplo, a Apple viu o número de download de livros nos smartphones crescer – 45% dos livros passaram a ser transferidos para os celulares, ante 28% antes do lançamento dos dois modelos. De acordo com a empresa de pesquisa eMarketer, os smartphones possuíam tela média de 5,1 polegadas em 2014, comparada a 3,9 polegadas em 2011.

    No mundo literário, o debate atual é se um celular possibilita que os leitores mergulhem nas obras da mesma forma que fariam (ou faziam) com livros impressos, dada a quantidade de alertas e notificações que chegam aos telefones atualmente. Para a professora de linguística Naomi S. Baron, da American University, os smartphones foram criados para distrair seus usuários. O cérebro de quem possui um celular como esse já está preparado para se distrair com o aparelho, mesmo que os alertas estejam todos desligados. De acordo com o Wall Street Journal, alguns usuários do Twitter afirmam ter lido obras densas como Moby-Dick, de Herman Melville, Guerra e Paz, de Liev Tolstói, e Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, em seus smartphones.

    Mas, da mesma forma como os e-readers e os tablets não substituíram os livros impressos, é pouco provável que os celulares consigam tal façanha. Algumas pessoas habituadas a ler em smartphones afirmam que sentem um vazio quando terminam um livro nos aparelhos, já que não há indicativo físico de que o fim está próximo – o que acontece com os impressos. Outros afirmam que não é tão fácil emprestar livros para amigos e parentes. E muitos deles ainda leem volumes impressos em parte do tempo.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.