10 países onde você pode comprar um passaporte ou a residência
Conheça alguns dos lugares ao redor do mundo que permitem que cidadãos estrangeiros comprem sua cidadania ou um visto de residente permanente
Dizem que o dinheiro compra felicidade.
Se no seu caso a felicidade significar ter um passaporte ou o visto de residente permanente de outro país, que não o Brasil, então ele compra mesmo.
Mais que um símbolo de status, ter um segundo passaporte ou a residência em mais de um país pode abrir muitas portas para quem viaja bastante, quer investir ou busca uma alternativa com relação aos impostos.
É importante saber que a cidadania de um país vale para sempre (a não ser que ela tenha sido conseguida de maneira fraudulenta, claro!) e dá direito a um passaporte.
Já o visto de residente, por exemplo, pode ser revertido caso as leis do país mudem. Em geral estes vistos são bem mais em conta do que a cidadania.
Se você não tem pais, avós, bisavós, filhos ou cônjuges que possuam a cidadania ou residência de outro país, ainda assim é possível conseguí-las. Basta ter dinheiro (em alguns casos muito dinheiro).
Confira algumas das opções para estrangeiros que não possuem vínculos familiares e querem obter um passaporte ou a residência fixa*:
1. Tailândia
O governo tailandês oferece diversos tipos de residência para estrangeiros que queiram morar no país. São sete “pacotes”, com preços e benefícios diferentes. Os mais populares são:
- Elite Easy Access – visto para cinco anos de residência que dá direito a entrar e sair do país pelo período sem necessidade de autorizações. O custo é de cerca de R$ 58 mil.
- Elite Family Excursion – visto de cinco anos para duas pessoas por cerca de R$ 93 mil mais uma taxa de R$ 35 mil por dependente.
- Elite Ultimate Privilege – este visto de 20 anos oferece serviços expressos em aeroportos, acesso a lounges, concierge para serviços governamentais, check-up de saúde anuais, entre outros “mimos”. O custo é de cerca de R$ 223 mil mais uma taxa anual de R$ 2.230
2. Santa Lúcia
Esta pequena ilha nas Antilhas oferece três opções para quem quer comprar sua cidadania. São elas:
- Uma doação de, no mínimo, R$ 370 mil, para o Fundo Econômico Nacional de Santa Lúcia. O valor depende do número de dependentes.
- Investimento de, no mínimo, R$ 1,1 milhão em um desenvolvimento imobiliário
- Investimento de, no mínimo, R$ 13 milhões em um projeto corporativo
3. Granada
Existem duas maneiras de comprar a cidadania desta pequena ilha caribenha:
- Uma doação de cerca de R$ 558 mil para o Fundo Nacional de Transformação de Granada
- Comprar um imóvel de, no mínimo R$ 1,3 milhão (mais taxas adicionais)
4. Turquia
A situação política e econômica na Turquia pode não estar das melhores, mas se você quer morar em um país europeu há algumas opções para obter a cidadania turca (vale lembrar que o país não é membro da União Europeia):
- Adquirir um imóvel avaliado em, no mínimo, R$ 930 mil
- Depositar US$ 500 mil (cerca de R$ 1,8 milhão) em um banco turco
- Investir R$ 1,8 milhão em títulos do governo
- Criar 50 empregos no país
- Investir R$ 1,8 milhão em capital fixo
5. Grécia
Outro país cuja situação não é das melhores, mas ao mesmo tempo é a opção “mais em conta” para quem sonha em viver ou ter a residência de um país da UE. Lançado em 2013, o programa Golden Visa dá direito a cinco anos de residência em troca de um investimento em imóveis no país de, no mínimo € 250 mil (cerca de R$ 1 milhão). Dependentes de até 21 anos estão incluídos na candidatura. O visto é renovado a cada cinco anos caso o imóvel seja mantido e não é necessário que a pessoa viva na Grécia para ter o visto. A cidadania só é dada após sete anos de residência. O processo para a obtenção da residência é relativamente rápido: demora cerca de 40 dias para o cartão ser emitido.
6. Portugal
País da moda entre os brasileiros que querem morar fora atualmente, Portugal oferece diversas opções para quem não possui ascendência portuguesa. As principais delas são:
- Transferência de, no mínimo, € 1 milhão para um banco português ou opção de investimento
- Investimento de € 350 mil em atividades de pesquisa científica
- Investimento de € 250 mil em uma produção artística ou recuperação ou manutenção do patrimônio cultural
- Transferência de € 500 mil destinados à aquisição de unidades de participação em fundos de investimento ou de capital de risco para a capitalização de pequenas e médias empresas
- Compra de imóvel de, no mínimo, € 500 mil
- Compra de imóvel de, no mínimo, € 350 mil cuja construção tenha sido concluída há, pelo menos, 30 anos ou localizados em área de reabilitação urbana e realização de obras de reabilitação dos imóveis adquiridos
- Criação de, no mínimo, 10 empregos
7. EUA
Se o sonho da sua vida é obter um Green Card,o cartão de residência permanente nos EUA, talvez este não seja o melhor momento (o nome Trump te lembra alguma coisa?). Mas para quem tem (muito) dinheiro sobrando, a melhor maneira de entrar com um processo para solicitar o Green Card possivelmente é investindo no país. Como existem vários tipos de vistos que permitem que depois de alguns anos seus portadores entrem com o pedido, o melhor é procurar ajuda especializada. Para quem quer investir, as principais maneiras de ser elegível são:
- Investimento de U$ 500 mil em um negócio localizado em uma área rural ou com alto índice de desemprego e a criação de dez empregos em tempo integral
- Investimento direto de US$ 1 milhão em uma empresa americana
8. Austrália
Este país-continente de clima muito similar ao nosso possui um programa para seus residentes que permite que eles peçam a cidadania após alguns anos vivendo em território australiano. Os requisitos, neste caso, são:
- Possuir um patrimônio pessoal de, no mínimo, AUS $2,25 milhões (cerca de R$ 6 milhões) no período de dois anos antes da entrada do processo
- Investimento de AUD $ 1,5 milhão (cerca de R$ 4 milhões) em uma empresa ou projeto australiano que seja revertido em algum benefício para a economia local
9. Nova Zelândia
Menos badalada que a vizinha Austrália (mas tão ou mais legal quanto), a Nova Zelândia permite que as pessoas que possuem os vistos de residente dos tipos Investidor 1 ou Investidor 2 morem, trabalhem e estudem legalmente no país. Mas é preciso ter o saldo bancário bem recheado. Há duas opções para solicitar a residência. No visto de Investidor 1 é necessário investimento de NZD $ 10 milhões (cerca de R$ 25 milhões) num período de três anos. Neste caso não há limite de idade para o solicitante, não é preciso comprovar que fala inglês nem que possui experiência empresarial. Já para o visto de Investidor 2 é necessário investir NZD $ 3 milhões (cerca de R$ 7,5 milhões) durante um período de quatro anos. Neste caso, apesar de a exigência financeira ser menor, o solicitante precisa ter mais de 65 anos, falar inglês, ter no mínimo três anos de experiência em negócios e possuir fundos ou ativos disponíveis de, no mínimo, NZD $ 2,5 milhões (R$ 6,3 milhões).
10. Reino Unido
Se tudo não mudar com o Brexit, a maneira mais comum de se conseguir a residência (e mais tarde a cidadania) é através do visto de investidor UK Tier 1. Neste caso é preciso investir £ 2 milhões (cerca de R$ 9,7 milhões) na economia do Reino Unido (seja em títulos do governo, capital social ou capital de empréstimo em empresas ativas). Os solicitantes precisam ter mais de 18 anos e de fora da Área Econômica Europeia e da Suíça. O visto dá direito a morar no Reino Unido por três anos e quatro meses, mas é possível estendê-lo por mais dois anos. Para solicitar a cidadania britânica é preciso ter morado ao menos seis anos no país. Ou se casar com algum membro da realeza
Vale lembrar que estas são apenas algumas das exigências e opções para morar ou se tornar cidadão de outros países. Há diversas brechas e complicações nas leis de cada um deles, portanto é preciso pesquisar muito e buscar ajuda especializada se você está mesmo disposto a se mudar em definitivo do Brasil. Este é apenas um aperitivo 😉
* Fontes: Business Insider, Consulado de Portugal em São Paulo e Bloomberg