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Gustavo Petro: errático, exaltado e, mais uma vez, defendendo a cocaína

Presidente da Colômbia, já tendo comprado briga com Trump,  tem dado sinais de descontrole emocional e arrisca estabilidade do próprio país

Por Vilma Gryzinski 7 fev 2025, 08h42

Talvez tenha sido o efeito Trump: desde que passou uma madrugada tuitando bravatas contra o presidente americano por causa da deportação de ilegais colombianos, Gustavo Petro mostra indícios de desequilíbrio e integrantes de seu próprio governo estão se rebelando.

O maior sinal de perda de controle aconteceu numa fatídica reunião do ministério que, sem avisar ninguém, Petro mandou transmitir ao vivo, na terça-feira passada. Foram seis horas de suplício. O presidente acusou os próprios ministros de não cumprir as promessas de governo “como se não tivesse nada a ver”, nas palavras do El País. Depois de passar anos defendendo o presidente esquerdista, o jornal espanhol está percebendo o tamanho da encrenca.

A maior razão das desavenças internas é o conturbado assessor que Petro trouxe de volta ao governo, relevando um vídeo em que ele ameaçava revelar financiamentos de campanha altamente suspeitos. Agora, Armando Benedetti está na função mais importante da Presidência, como secretário-geral, equivalente a um ministro da Casa Civil. Dois ministros já renunciaram por causa disso. Um deles denunciou Benedetti como agressor de mulheres, por causa de um episódio ocorrido na Espanha com a própria esposa.

O comportamento do presidente, que durante a campanha eleitoral fez um discurso bêbado e depois se desculpou por ter tomado “um trago” a mais, tem ido além da verborragia habitual que brinda aos colombianos, pontificando sobre tudo e todas as coisas.

Na reunião ministerial que tantos problemas causou, ele voltou a um tema recorrente. “A cocaína não é pior do que o uísque”, afirmou. “Só é ilegal porque é fabricada na América Latina”. Caso contrário, poderia “ser vendida como é o vinho”.

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FIGURA TÓXICA

Imaginem um presidente da república que defende uma das drogas mais devastadoras que existem – e ainda por cima faz isso num momento em que grupos guerrilheiros que se dizem de esquerda disputam a bala o controle de plantações de coca, provocando cerca de 50 mil desabrigados. A produção de cocaína também aumentou 10%, num sinal do poder sem controle do tráfico.

A rebelião no que foi uma das piores reuniões ministeriais de todos os tempos também pode ser atribuída ao motivo de sempre: as eleições se aproximam e Petro funciona como uma figura tóxica de quem é bom marcar distância. A desaprovação ao presidente está na casa dos 60%. no âmbito nacional, mas passa de 70% em algumas regiões.

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Quando revogou a autorização de pouso a dois aviões trazendo colombianos repatriados, Gustavo Petro foi considerado um herói da esquerda. Mesmo depois de ser obrigado a recuar, com a ameaça de imposição de 25% de tarifas sobre exportações colombianas, houve tentativas de apresentá-lo como um paladino da justiça.

Na infame reunião, Petro voltou a provocar., referindo-se a um encontro com o encarregado de negócios dos Estados Unidos “Primeiro de tudo, o latino-americano não chega preso, depois discutimos tarifas, não o contrário”, disse. Referindo-se a Trump, provocou: “Ele acha que nos ajoelhamos diante da mercadoria e somos como ele. Somos diferentes”.

Falta um ano e meio para o fim de seu mandato, mas já há quem acredite que a Colômbia não vai aguentar.

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