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Hematoma mal disfarçado nas mãos de Trump indica doença grave?

A hipótese mais mencionada é de insuficiência cardíaca congestiva, quando o coração não bombeia adequadamente o sangue

Por Vilma Gryzinski 26 ago 2025, 07h50

O presidente dos Estados Unidos tem 79 anos e demonstra uma energia aparentemente inesgotável, mas problemas circulatórios não seriam nada surpreendentes. Os maiores indícios que podem ser observados de fora, sem exames médicos complementares, são os tornozelos inchados e um grande hematoma no dorso da mão direita, que vai e volta. Agora, apareceram sinais de sangue extravasado também na mão esquerda.

A desculpa da porta-voz Karoline Leavitt, de que as mãos presidenciais sofrem pelo entusiasmo em cumprimentar pessoas – “Mais do que qualquer outro presidente na história” -, além do uso preventivo de aspirina, soa como as declarações da Casa Branca que davam Joe Biden como “afiado” e com maior capacidade de trabalho do que gente com metade de sua idade. Deu no que deu: o ex-presidente, combalido, teve que desistir da reeleição e ajudou a empurrar a vitória de Trump contra uma candidata de última hora e pouco convincente como Kamala Harris.

Os mesmos meios de comunicação que tentaram esconder o declínio mental de Biden agora procuram enfatizar os sinais de problemas circulatórios de Trump. A cobrança levou a Casa Branca a admitir que ele tem insuficiência venosa crônica – isoladamente, um problema menos grave, mas que pode evoluir para condições mais complexas, principalmente considerando-se a idade e o estilo de vida do presidente.

MAQUIAGEM MAL APLICADA

Descontando-se os exageros, os sinais não podem ser desprezados. A tentativa de disfarçar o hematoma com maquiagem também não ajuda – os maquiadores profissionais dizem que é preciso aplicar corretivo amarelo, dar várias batidinhas e depois passar base da cor da pele bem espalhada, mas toda mulher que já tentou cobrir olheiras roxas sabe que é praticamente impossível esconder a tonalidade e o resultado pode ser pior do que o problema original.

Obviamente, estão em jogo questões mais complexas do que maquiagem mal aplicada. Escrevendo no Substack, o patologista Darin Wolfe, fez o seguinte arrazoado: “Nas fotos e vídeos, dá para ver que as mãos estão inchadas e avermelhadas quando na posição paralela ao corpo. Em outras palavras, a força da gravidade está levando o sangue para as mãos, mas seu sangue não está sendo suficientemente bombeado de volta ao coração”.

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“Combinando isso com a documentação de ‘insuficiência venosa crônica’, fica claro que o sistema vascular não está funcionando a plena capacidade”.

Esses sinais, segundo o médico, apontam para insuficiência cardíaca congestiva, uma doença que “pode ser bastante bem administrada, dependendo da condição original responsável” pelo problema no coração. Wolfe dá até um indicador de possível agravamento: acompanhar a frequência dos jogos de golfe de Trump, atualmente na média de três por semana. Se a assiduidade diminuir, indicará que o problema está aumentando.

DESASTROSO DEBATE

Médicos que fazem diagnósticos à distância são tão discutíveis quanto irresistíveis. Todo mundo se interessa pela saúde do presidente, que sai da categoria questão privada quando ele ganha todos aqueles votos – ou até antes, durante a campanha. A história política mundial está repleta de casos de presidentes que escondem doenças, desde o câncer de próstata que matou François Mitterrand e foi revelado à França apenas quando ele estava em estado terminal, até os AVCs do general Costa e Silva, atribuídos inicialmente a um “forte estado gripal”. Quem pegou a “gripe”, lembremos, foi o vice Pedro Aleixo, impiedosamente descartado como substituto constitucional..

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O caso de Joe Biden demonstrou que, mesmo na era digital de informações sobre tudo, é possível esconder problemas graves, principalmente quando a mídia colabora na encenação, que seria risível se não envolvesse a maior potência da história. O desastroso debate que selou a desistência de Biden será estudado por todos os especialistas em política pelos próximos séculos.

Ao contrário de Biden, Trump fala o tempo todo, até demais, com os jornalistas que o cercam permanentemente. Às vezes, escorrega – referiu-se ontem a uma governadora Kristi Whitman (era Gretchen Whitmer, governadora do Michigan). Justamente pela verborragia, o mínimo sinal de falta de fôlego, um dos sinais de insuficiência cardíaca congestiva, seria imediatamente percebido. E com toda certeza a frequência dos jogos de golfe está sendo monitorada.

Trump tem, na média das pesquisas do site RealClear, 46,1% de aprovação e 51,1% de desaprovação. Não é catastrófico, mas o declínio constante é de preocupar o presidente e seu círculo. A promessa de interromper a imigração ilegal foi completamente cumprida, apesar dos métodos nem sempre razoáveis, mas a economia está longe de brilhante. Se não melhorar, não tem chances de manter, na eleição do ano que vem, a maioria na Câmara e no Senado – e, portanto, basicamente de governar. Nenhuma das questões externas, desde as tentativas de paz na Ucrânia à projeção de poder na Venezuela, muda isso. É a economia, amigos.

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