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Mon Dieu! A enorme surpresa eleitoral na França e dilemas da esquerda

A frente formada às pressas depois da convocação inesperada de eleições tem agora o teste mais difícil, talvez impossível: manter união

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 8 jul 2024, 13h55 - Publicado em 7 jul 2024, 17h13
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  • Eleições parlamentares francesas - França - esquerda
    “Cordão sanitário” para isolar direita lepenista funcionou: agora, esquerda tem que manter unida uma frente quase impossível (Sebastien SALOM-GOMIS/AFP)

    O que têm em comum o Partido Socialista, o comunista, os verdes e os trotskistas da França Insubmissa, uma espécie de PSOL gaulês? Isso é o que será posto à prova agora, depois da “maior surpresa política na história moderna da França”, na qualificação do comentarista Alain Bechamel, com a vitória da Nova Frente Popular — sem evidentemente conseguir a maioria para governar sozinha, mas o suficiente para lançar o país num liquidificador de incógnitas.

    A explicação para um derrotado terceiro lugar da direita nacionalista da Reunião Nacional vai ser vasculhada durante muito tempo, embora a tática já conhecida do “cordão sanitário” seja a resposta mais óbvia: 224 candidatos, na maioria da França Insubmissa e da frente centrista de Emmanuel Macron, a Juntos, abdicaram de concorrer no segundo turno para boicotar as chances da Reunião Nacional.

    Uma “aliança da vergonha”, reclamou Jordan Bardella, a estrela ascendente da direita nacionalista. Não adianta: apesar do número recorde de deputados de seu partido, perdeu e pronto.

    O que concentra as atenções no problema que dominará a política: pode a frente de esquerda, composta de elementos tão díspares, evitar se dividir, como é tão característico?

    O primeiro teste já está armado. Quem será o primeiro-ministro escolhido pela Nova Frente Popular? Quais são as chances de Jean-Luc Mélenchon, um nome com o nível de rejeição do mesmo nível que Marine Le Pen? Seria aceitável um nome muito menos rejeitado como o de Raphaël Glucksman, com seu próprio partido de centro-esquerda, o Praça Pública?

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    E como irá Emmanuel Macron viver sob o novo regime de “coabitação” — presidente de um partido, primeiro-ministro de outro?

    Foi ele quem deu tiros de canhão no próprio pé, ao convocar uma eleição excepcional que não era absolutamente necessária. Agora, vire-se.

    O segundo lugar para o Juntos foi uma notícia boa para Macron, mas não elimina o fato de que ele terá o poder, que pretendeu no passado exercer de maneira “jupiteriana”, notavelmente diminuído.

    Estranhos abraçaram-se nas ruas comemorando a vitória da esquerda, mas agora é o teste da realidade que vai contar. As disputas entre a “gauche” francesa são históricas e não há por que imaginar que serão menores agora.

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