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Rápido e bem feito: em apenas duas semanas, Macron ganhou reeleição

Com a vantagem de ter uma adversária com altíssimo nível de rejeição, o presidente francês liquidou a fatura com eficiência e inteligência

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 24 abr 2022, 17h32 - Publicado em 24 abr 2022, 17h16

Qualquer chefe de governo começa a pensar na reeleição no mesmo dia em que assume o primeiro mandato e Emmanuel Macron não é diferente.

Mas sua estratégia, muito criticada, de vestir a toga de estadista enquanto a Ucrânia e a campanha presidencial pegavam fogo compensou: ele só se jogou na campanha, com a eficiência quase sobrenatural que mostra para tudo, nas duas semanas posteriores ao segundo turno. 

Ganharia Macron 58,8% dos votos, mais do que davam as pesquisas, se tivesse no campo oposto alguém que não fosse Marine Le Pen?

A pergunta não tem resposta e, a essa altura, é inútil. Ele ganhou e pronto. Marine Le Pen conseguiu 41,5%, seu melhor resultado, mas perdeu.

Ser reeleito é um feito para qualquer líder político que tenha enfrentado o choque astronômico da pandemia, com seus efeitos econômicos e sociais ainda repercutindo, como os tremores que se seguem a grandes terremotos.

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O mais doloroso, coletivamente, é a inflação. Marine Le Pen fez do custo de vida sua bandeira principal – o que talvez ajude a explicar seu desempenho relativamente bom.

Mas é preciso lembrar que a França tem o índice de inflação mais baixo da União Europeia: 4,2% contra a média europeia de 7,6%.

O maior “escândalo” de seu governo, explorado durante a campanha, foi ter contratado a um custo bilionário a consultoria da McKinsey para aconselhá-lo durante a pandemia. Ou seja, estava procurando as melhores soluções possíveis, não as piores ou politicamente mais vantajosas.

Para enfrentar o monstro, ele abriu os cofres, como todos os demais envolvidos capazes de entender o tamanho do buraco negro que sugaria tudo à volta.

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O resultado é que a França tem agora a terceira mais dívida em relação ao PIB do mundo: 115% (contra 94% do Reino Unido e 72% da Alemanha; os Estados Unidos não contam porque o universo financeiro continua a acreditar que podem). Conseguiu passar à frente da Itália, um dos membros mais assíduos do Club Med, como os economistas chamam os países gastadores do sul da Europa.

“Colocar Le Pen no comando disso seria como deixar uma criancinha com um galão de gasolina e uma caixa de fósforos”, ironizou no Telegraph o comentarista Matthew Lynn. “O competente e tecnocrático será um guardião mais garantido da terceira maior dívida do mundo”.

Muitas pessoas de fora da França não conseguem entender direito porque Macron é tão criticado até por pessoas que votaram nele, diante da alternativa. Arrogante, condescendente e insuportavelmente elitista são os argumentos mais empregados – ou publicáveis.

Mas muitas pessoas também adorariam a oportunidade de ter alguém como Macron para criticar. 

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Ele ganhou, e de maneira muito bem feita. As críticas podem ficar para amanhã.

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