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Na Ponta da Língua

Por Noslen Borges Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Para tirar dúvidas inquietantes, aprender dicas preciosas e curiosidades que ajudam a dominar o bom português

Por que ‘pais’ e ‘irmãos’ seguem a regra do plural e ‘avós’ não? Entenda

Descubra como a gramática e a história do latim explicam essa diferença curiosa da língua portuguesa

Por Noslen Borges
2 set 2025, 15h58

Fala, pessoas!

Esta semana, durante uma conversa com meu grande amigo Paulo, do Projeto Chumbo, surgiu uma dúvida muito interessante e que, com certeza, já passou pela cabeça de muita gente.

A pergunta dele foi a seguinte:

“Quando temos dois irmãos, sendo um menino e uma menina, sempre nos referimos a eles como ‘os irmãos’. A mesma situação acontece com pai e mãe: dizemos ‘os nossos pais’. Mas por que, ao falar de avó e avô, dizemos ‘nossos avós’ — e não ‘os nossos avôs’?”

Excelente pergunta, Paulo! E é justamente sobre isso que vamos falar neste texto.

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A regra da concordância nominal

Na gramática da língua portuguesa, existem regras de concordância nominal. Quando temos dois substantivos de gêneros diferentes, a forma plural deve seguir o gênero masculino. Isso ocorre porque, gramaticalmente, o masculino também representa o gênero neutro em português, pois na evolução da língua desde o latim, ocorreu essa fusão do masculino e do neutro. É uma convenção da gramática que reflete uma característica histórica da formação da língua: o masculino funciona como gênero abrangente, não necessariamente ligado ao sexo biológico, mas sim como um mecanismo de generalização.

Exemplo: Simone e Nielson são meus irmãos.

O mesmo vale para o termo pais: Nilson e Sueli são meus pais.

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E por que dizemos “avós”?

Aqui está o pulo do gato!

Essa forma vem de uma transformação fonética que ocorreu ao longo do tempo. Em latim, o plural de avô e avó era avus. Com a evolução da língua portuguesa, esse plural passou a ser pronunciado como “avós”, com o som mais próximo do que entendemos como feminino, mas que, na verdade, é uma herança do latim e não uma flexão de gênero.

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A beleza (e as pegadinhas) da língua portuguesa.

Essa é mais uma daquelas curiosidades deliciosas da nossa língua que fazem a gente se apaixonar ainda mais por ela. E entender essas pequenas nuances nos ajuda a dominar melhor o idioma e até mesmo se destacar em provas e concursos!

Se você está curtindo essa coluna, não se esqueça: Tem coluna nova toda terça-feira e toda quinta-feira aqui no site. E já compartilha com a família e os amigos, vamos espalhar o amor pela língua portuguesa!

Vamos que vamos!

Professor Noslen Borges www.professornoslen.com.br Revisão textual: Profª. Ma. Glaucia Dissenha

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